Mostra Cinema de Bordas começa hoje em SP

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Por AE
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Sem, sem, sem - sem recursos financeiros, sem técnicos experientes nem equipamentos de ponta. O ciclo Cinema de Bordas, que começa nesta quarta-feira no Itaú Cultural, abre espaço para uma produção que cada vez mais vira objeto de estudo e ganha público, não o do Batman, mas espectadores que querem estar antenados com novas tendências, mais independentes, à margem do cinemão. O filme de abertura é "A Morte de Johnny Zombie", de Gabriel Carneiro, com Joel Caetano.Você não verá filmes perfeitos, do ponto de vista técnico, mas corre o risco de ser atropelado, ou arrebatado, por experiências viscerais de narração e reflexão. Como diz a curadora Bernardette Lyra, cinema de bordas é o nome de um tipo muito particular e curioso de realização e exibição periféricas de filmes. As produções desse tipo são feitas quase sempre com baixo ou nenhum orçamento, adotam o estatuto do improviso e da precariedade, além de adeptas de uma estética ora definidas como tosca, impura e até trash. "O conceito do cinema de bordas funciona como artefato alternativo para essa busca cinematográfica", conforme o texto de apresentação da curadoria.Com pouco mais de 13 minutos, "A Morte de Johnny Zombie" mostra engenheiro atingido por vazamento de gás na empresa em que trabalha. O filme é a primeira produção da Beullah Filmes e o cinéfilo de carteirinha deve se lembrar que outro vazamento deu origem aos zumbis de Dan O''Bannon no cultuado "O Retrorno dos Mortos-Vivos". O evento Cinema de Bordas inclui debates, mas os filmes são as atrações. Você dificilmente os veria nas grandes redes. São prova de que tamanho, e recursos, nem sempre são documentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.4º CINEMA DE BORDASItaú Cultural (Avenida Paulista, 149). Tel. (011) 2168-1776. Grátis. Até 5/8.

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