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Mosteiro do Rio fecha biblioteca para precaver roubos

Por Agencia Estado
Atualização:

Preocupados com os casos de roubo de peças de museus, os monges do Mosteiro de São Bento, centro do Rio, fecharam a biblioteca ao público por tempo indeterminado. A medida, em vigor desde segunda-feira, foi causada pela prisão, na semana passada, de Laéssio Rodrigues de Oliveira. Ele vendera um livro raro furtado do Museu Nacional. Pelo menos dez instituições já deram queixa à polícia por roubo, após reconhecerem a foto dele nos jornais. "O mosteiro não tem infra-estrutura para guardar esse patrimônio. A gente espera abrir a biblioteca novamente, mas essa é uma medida de precaução", disse d. Anselmo Chagas, diretor do Instituto de Teologia do monastério, fundado em 1590. Na biblioteca, a maioria dos livros é sobre teologia e filosofia, mas há mapas históricos, exemplares de história e botânica. Alguns são dos séculos 16 e 17. No Museu da Cidade, na Gávea, subiu para 42 o balanço de fotos do Rio antigo roubadas. O principal suspeito é Oliveira, também reconhecido por fotos. A Polícia Federal apresentou ontem as 59 gravuras do livro de Louis Jean Marie Daubenton (1776), do Museu Nacional, compradas de Oliveira pelo leiloeiro Alberto Cohen. Foi Cohen quem as devolveu. Mesmo assim, ele pode ser indiciado por receptação.

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