Mortes na imprensa somam 132 em 2009, diz relatório

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Por Redação
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Filipinas, México, Somália e Rússia foram os países mais perigosos para jornalistas em 2009, informou um grupo de mídia global na quarta-feira. Um total de 132 jornalistas e funcionários de apoio foram mortos ou morreram enquanto trabalhavam no ano passado, disse o International News Safety Institute (Insi). Apenas três repórteres internacionais estiveram entre os alvejados intencionalmente; os mortos eram em grande parte jornalistas locais que cobriam histórias perigosas como criminalidade e corrupção para órgãos da imprensa nacional. Com sede em Bruxelas, o Insi, que monitora as estatísticas de todo o mundo, disse que 98 das vítimas foram mortas em razão de suas atividades de reportagem. "Jornalistas continuam a morrer porque eles ousam jogar uma luz nos recantos mais sombrios das sociedades. Esse é um preço chocante que pagamos por nossas notícias", disse o diretor do Insi, Rodney Pinder, numa declaração divulgada em Genebra junto com os números anuais do instituto. "Essa situação inaceitável persistirá enquanto os assassinos de jornalistas ficarem livres", acrescentou ele, dizendo que poucos deles foram levados à Justiça. O total de mortes em 2009, aumentado pelos 31 repórteres que segundo o Insi foram mortos num massacre com motivações políticas no sul das Filipinas em novembro, superou o número do grupo de 2008 em 22. Mas ficou bem abaixo dos anos recentes piores. Em 2007, 172 jornalistas morreram (número recorde) e 168 foram assassinados em 2006, quando as mortes da imprensa no Iraque estavam altas seguindo-se à invasão liderada pelos EUA em 2003.

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