Morre o fotógrafo de guerras, Eddie Adams

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Por Agencia Estado
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Eddie Adams, fotógrafo que trabalhou pela agência internacional AP e ganhou o Prêmio Pulitzer pela fotografia de um guerrilheiro vietnamita sendo executado com um tiro na cabeça durante a Guerra do Vietnã, morreu ontem, aos 71 anos. Adams morreu em sua casa, em Manhattan, vítima do mal de Lou Gehrig que, desde maio, o havia debilitado, disse sua assistente, Jessica Stuart. Apesar da doença, Adams continuou ativo e trabalhou em um projeto que incluía uma resenha em vídeo que ele considerava "meu último trabalho." O vídeo foi apresentado em um programa do comediante Jerry Lewis e destinado a arrecadar fundos para a Associação de Luta contra a Distrofia Muscular. Em um comunicado, Lewis mencionou a ironia de que Adams tivesse sido afetado por uma das doenças que sua fundação combate. Edward Adams nasceu em 12 de junho de 1933 em New Kensington, Pensilvania. Foi fotógrafo de exército da Guerra de Coréia e tornou-se um dos mais importantes dos Estados Unidos. Adams trabalhou para a AP entre 1962 e 1972, e entre 1976 e 1980. Além disso, ele também fotografou para a Time-Life, Parade, e outras publicações. Além de 13 guerras, Adams cobriu a política internacional, a moda e o mundo do entretenimento. Entre suas fotografias estão retratos de presidentes de Estados Unidos, como Richard Nixon e George Bush, e personalidades como o papa João Paulo II, Deng Xiao Ping, Anuar Sadat, Fidel Castro, Mijaíl Gorbachov, Indira Gandhi e o sha do Iran. O fotógrafo recebeu mais de 500 prêmios, entre eles o Pulitzer, em 1969, pela famosa foto da execução de um vietcong em uma rua de Saigon.

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