Morre o ator Cláudio Corrêa e Castro

Aos 77 anos, o ator morreu no Hospital das Clínicas de Niterói, de complicações causadas por diabetes, hipertensão e obesidade

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O ator global Cláudio Correa e Castro, de 77 anos, morreu nesta terça-feira, no Hospital de Clínicas Niterói, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a nota divulgada pelo hospital, a causa da morte foi disfunção múltipla dos órgãos, agravada por um quadro de diabetes e hipertensão arterial. A obesidade era também um fator agravante de seu quadro. Em 26 de abril, havia sido operado do coração na Clínica São Lucas, no Rio, tido alta, mas logo precisou voltar ao hospital devido a complicações e ao agravamento de seu estado. De abril para cá, o ator passou por várias internações hospitalares. Em abril, Corrêa e Castro foi submetido a uma Cirurgia de Revascularizaçao do Miocárdio. Era portador de Diabetes Mellitus (distúrbio na produção de insulina), Hipertensão Arterial e Dislipidemia (alterações metabólicas lipídicas). Quase um mês após a cirurgia, ele evoluiu com quadro grave de infecção em ferida operatória e celulite extensa dos membros inferiores (pernas). A última novela em que atuou na Rede Globo foi Chocolate com Pimenta, com texto de Walcyr Carrasco e direção de Jorge Fernando, na qual interpretou o Conde Klaus von Gurgo. Mas ele tinha 53 títulos em seu currículo na telinha, onde começou nos anos 60, participando da primeira versão de A Muralha, na extinta TV Excelsior. Só na Globo, foram 36 novelas. Entre as novelas marcantes em que atuou estão as versões originais de Cabocla, no papel do coronel Boanerges, e Mulheres de Areia, como Virgílio; Dancin´ Days, como Franklin e Anjo Mau, ao lado de Glória Perez. Ele também atuou em minisséries, como Agosto, Incidente em Antares, Engraçadinha. Ora era bonachão, como o conde de Chocolate com Pimenta, ora era violento, como o bicheiro que viveu na minissérie Agosto, ou ambíguo, como Carneiro, o médico de vida dupla e pai da protagonista Lourdinha, em Anos Dourados ou o milionário Franklin, de Dancing Days. Em todos os personagens impunha sua marca e, muitas vezes, era chamado para participações especiais, como o Dr. Afonso, em Senhora do Destino, sua última aparição na tevê. Costumava dizer que os personagens não eram pequenos nem grandes, mas o ator podia explorar tudo que eles permitiam e assim ficar na lembrança do público, independente do tempo em que ficavam na história. Também fez cinema, desde o início de sua carreira e seu último filme foi Irmão de Fé, do Padre Marcelo Rossi. Castro vinha do teatro, onde começara nos anos 50, representando textos de prestígio, como Galileu Galilei (seu maior sucesso nos palcos) e Os Pequenos Burgueses. Foi também diretor, inaugurando o Teatro Guaíra, de Curitiba, com o espetáculo Um Elefante no Caos, de Millôr Fernandes, em 1963. Mas quando passou à televisão, dedicou-se integralmente à telinha e fez sucesso. MEMÓRIA DO CASO: Cláudio Corrêa e Castro foi submetido em 26/04/05, a uma cirurgia cardíaca, com sucesso na época, no Hospital São Lucas, tendo alta hospitalar em 06/05/05; Em 24/05/05, ele re-internou na Unidade Cardiointensiva, do mesmo hospital, com um quadro infeccioso decorrente da ferida operatória na perna e no antebraço esquerdo; Em 09/06/2005, o paciente teve alta do CTI para um quarto particular; Em 20/06/2005 ele voltou para a Unidade Cardiointensiva com sinais de perda de consciência e agravamento da ferida operatória; Em 23/06/2005, estabilizado e lúcido, Cláudio Corrêa e Castro foi transferido para o CTI do Hospital de Clínicas Niterói (HCN), a pedido da família, por questões geográficas, pois eles residem em Niterói. De acordo com a equipe técnica do Hospital São Lucas ?facilitar a participação dos familiares no acompanhamento do processo de hospitalização é fundamental para recuperação do paciente?.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.