PUBLICIDADE

Morre no Rio o poeta Waly Salomão

Por Agencia Estado
Atualização:

Morreu hoje de manhã no Rio de Janeiro o poeta Waly Salomão, aos 58 anos. Secretário Nacional do Livro e da Leitura nomeado pelo ministro da Cultura Gilberto Gil, Waly estava internado desde o dia 23 de abril na Clínica São Vicente, na zona sul do Rio, para tratar de um câncer. Segundo a clínica, a causa da morte foi insuficiência orgânica múltipla em função de um câncer no intestino com metástase no fígado. O corpo do poeta será velado a partir das 16 horas no Cemitério São João Baptista, na zona sul do Rio, e cremado amanhã, às 9 horas, no Crematório do Caju, na Zona Portuária. Baiano de Jequié, Waly Salomão começou na literatura em 1971. Foi autor de livros como Gigolô de Bibelôs, Armarinho de Miudezas, Lábia e Me Segura Que Vou Dar um Troço, que reunia versos escritos na prisão, nos anos 70, por porte de drogas. Foi também organizador da única coletânea de textos de Torquato Neto (Os Últimos Dias de Paupéria), escreveu a biografia de Hélio Oiticica Qual É o Parangolé e lançou, por meio de sua editora, a Pedra Q Ronca, o primeiro livro de Caetano, Alegria, Alegria. Waly, que também já foi conhecido como Wally Sailormoon, era ainda um letrista prolífico. Escreveu para Gal Costa, Lulu Santos, Jards Macalé, Cazuza, João Bosco. São de sua autoria músicas como Vapor Barato, Talismã, Mel, Mal Secreto, Anjo Exterminado, Olho d´Água, Memória da Pele, entre outras. No cinema, compôs em parceria com o atual ministro da Cultura a trilha sonora do filme Quilombo (1984), de Cacá Diegues. Recentemente, viveu o poeta Gregório de Mattos em filme de Ana Carolina.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.