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Morre jornalista e ex-ministra francesa Françoise Giroud

Morreu hoje em Paris aos 86 anos uma das mais respeitadas jornalistas francesas. Françoise Giroud fundou e dirigiu a L´Express, a Elle e publicou mais de 20 livros

Por Agencia Estado
Atualização:

Morreu hoje em Paris aos 86 anos uma das mais respeitadas jornalistas francesas. Françoise Giroud fundou revistas importantes como a L´Express, que dirigiu por 20 anos. Como poucas mulheres em sua carreira, Françoise teve um papel de destaque no jornalismo do pós-guerra. Françoise Giroud, que também mantinha uma intensa atividade literária, morreu no Hospital Americano próximo de Paris, vítima de traumatismo craniano em conseqüência de uma queda que sofreu na quinta-feira, segundo informou o Le Nouvel Observateur, que publicava uma coluna semanal da jornalista Além da L´Express, Françoise dirigiu a redação da revista Elle, teve uma breve passagem pelo cinema, mas como escritora chegou a publicar mais de 20 livros. Ela teve ainda uma brilhante carreira política na presidência de Valery Giscard d´Estaing, como ministra da Condição Feminina, entre (1974-76) e da Cultura (1976-77). Desde 1983, era editorialista da revista semanal Le Nouvelle Observateur, escrevendo sobre televisão. Nascida em Genebra, em 21 de setembro de 1916, numa família de origem russa e turca - seu verdadeiro nome era Françoise Gourdij, ela atuou no cinema ao lado de Marc Allegret e Jean Renoir, como script-girl. Em 1943 François foi presa pela Gestapo em Fresnes, por suas ligações com a Resistência durante a 2.ª Guerra Mundial. Iniciou sua carreira no jornalismo do pós-guerra primeiro na revista Elle, com Heléne Lazareff, até 1953, quando começou a aventura de dirigir a L´Express, juntamente com Jean-Jacques Serban Schreiber -primeiro semanário político francês. François Giroud narrou sua experiência política no livro A Comédia do Poder, de 1977 e publicou ensaio e ficção como O Bom Prazer, levado ao cinema por Francis Girod en 1984, Uma Mulher Honorável, em 1981 e Alma Mahler ou a Arte de Ser Amada, uma extraordinária biografia da mulher do compositor Gustav Mahler, publicada em 1985. Seu último livro, Profissão: jornalista foi publicado em 2001.

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