Morre Efraim Kishon, escritor e humorista israelense

Sobrevivente do Holocausto, Kishon capturou a vida israelense numa série de sátiras publicadas em diversos países, incluindo o Brasil

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Por Agencia Estado
Atualização:

O humorista israelense Efraim Kishon, um sobrevivente húngaro do Holocausto que capturou a vida israelense numa série de sátiras publicadas em diversos países, incluindo o Brasil, morreu em sua casa na Suíça, aos 80 anos de idade, de ataque cardíaco. Kishon faleceu no chuveiro, disse seu filho, Rafi. O humorista era muito popular na Europa, principalmente nos países de língua alemã, mas mantinha uma relação ambivalente com o Estado de Israel, disse o filho. O autor considerava a fundação de Israel o maior milagre do século 20, mas se sentia menosprezado pela intelectualidade israelense. O premier de Israel, Ariel Sharon, falando em uma reunião ministerial, referiu-se à transformação de Kishon, de vítima do nazismo em ícone cultural. "Essas dificuldades não puderam impedir o florescimento do talento e de uma incrível habilidade com a escrita", disse, destacando que Kishon escrevia em hebraico, uma língua que aprendeu como imigrante. Nascido Ferenc Hoffmann em Budapeste, em 23 de agosto de 1924, Kishon escapou por pouco da morte nas mãos dos nazistas. Certa vez ele escreveu sobre sua experiência nas mãos do nazismo, "eles cometeram um erro, permitiram que um satirista vivesse". Ele imigrou para Israel em 1949, mudou de nome e se tornou um dos maiores escritores de humor satírico do país. Mais tarde, também escreveu roteiros para cinema.

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