
17 Fevereiro 2012 | 09h51
O NYT disse que Shadid estava na Síria havia uma semana coletando informações do grupo Exército de Libertação Sírio e outros envolvidos na resistência ao presidente Bashar al-Assad, cujo governo vem reprimindo há 11 meses protestos de seus opositores. As autoridades sírias não estavam a par de seu trabalho no país, afirmou o jornal.
O fotógrafo do NYT Tyler Hicks disse que Shadid, que carregava medicação para asma, começou a sentir os sintomas na manhã de quinta-feira e depois teve um ataque fatal. Hicks levou o corpo para o país vizinho, a Turquia.
A cobertura de Shadid no Iraque lhe rendeu o prêmio internacional Pulitzer em 2004 e 2010, quando ele trabalhava para o Washington Post. O NYT disse que o indicou para a cobertura dos levantes da Primavera Árabe, no Oriente Médio, no ano passado.
Shadid, Hicks e outros dois jornalistas do NYT foram detidos por mais de uma semana por milícias pró-governo na Líbia, no ano passado, durante a rebelião contra o líder líbio Muammar Gaddafi.
Ele também cobriu os levantes no Cairo que derrubaram o presidente Hosni Mubarak. Em 2002, quando trabalhava para o Boston Globe, Shadid levou um tiro no ombro em Ramallah, na Cisjordânia.
Descendente de libaneses, Shadid era fluente em árabe. Ele deixa mulher e dois filhos.
(Por Peter Cooney)
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