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Morre Alberto Migré, pai da telenovela argentina moderna

Ele fez sucesso com radionovelas, trabalhos para televisão e peças de teatro

Por Agencia Estado
Atualização:

O escritor argentino Alberto Migré, criador de dezenas de novelas radiofônicas e de histórias que cruzaram a América Latina, morreu hoje aos 74 anos em sua casa, em Buenos Aires, segundo informaram fontes próximas ao autor. Alberto, que presidia a Sociedade Argentina de Autores, morreu esta madrugada enquanto dormia. Considerado o pai da telenovela argentina moderna, Alberto iniciou sua carreira no rádio aos 14 anos, quando entrou na Rádio Liberdade de Buenos Aires como ator coadjuvante, também desempenhando tarefas de locutor, produtor e assistente. "Fui um menino que cresceu em um lar onde se escutava rádio o dia todo. Hoje percebo que essa foi minha universidade", disse em entrevista concedida há três anos. O salto à televisão aumentou sua fama com sucessos como Rolando Rivas, Taxista, Sem Marido, Uma Voz ao Telefone, Mulheres em Presídio e Pele Laranja . Suas criações são reconhecidas pelas altas doses de romantismo, paixão e melodrama dentro de histórias de amor entre personagens populares, próximos ao público. Alberto Migré tem mais de 700 obras registradas, entre radionovelas, trabalhos para televisão e peças de teatro. Há três anos recuperou o esquecido gênero da radionovela com o ciclo Permissão Para Imaginar, no qual voltou a dirigir vários dos atores protagonistas de suas bem-sucedidas novelas. O autor, que há cinco anos foi declarado Cidadão Ilustre de Buenos Aires, escreveu no ano passado Condenados ao Amor para a televisão mexicana. "Talvez esta seja minha última telenovela", comentou, na época.

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