Montagem dos EUA muda o elenco

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

NOVA YORKO vento frio não impediu que os atores principais da montagem americana de Mamma Mia! se reunissem em frente ao Winter Garden Theatre, no dia 22 de outubro. Afinal, estavam comemorando a chegada de novos atores para um musical que arrasta multidões desde abril de 1999, quando estreou em Londres. Um sucesso tão grande que já garantiu um retorno de US$ 2 bilhões em bilheteria, somando todos os locais por onde já passou."Alterações no elenco são necessárias para que o espetáculo não se torne mecânico, especialmente nas coreografias", comentou Martha Banta ao Estado, atual coordenadora das encenações na Broadway. "Quem chega sempre traz uma nova forma de contar a história."Para ela, o que não deve ser modificado é a própria trama. Martha acredita na existência de uma organicidade em Mamma Mia! que deve ser respeitada. "Não me refiro a perfeição, pois conhecemos inúmeras versões das peças de Shakespeare e todas são excelentes em relação ao texto. O que acontece é que Mamma Mia! tem uma estrutura que aconselha uma forma única de ser apresentada."Uma fórmula tão intocável que nem o filme estrelado por Meryl Streep foi capaz de abalar a estrutura. "Quando assisti, notei algumas soluções que me pareceram interessantes, até para o palco", lembra Martha. "Mas para mim é mais instrutivo tirar lições de uma montagem na Alemanha ou mesmo na Inglaterra."Quando prega pela troca de elenco, Martha Banta é obrigada a reconhecer uma exceção: a atriz Judy McLane figura no elenco há mais de cinco anos, no papel de Tanya, a amiga sexy de Donna. O desafio, segundo ela, é grande. "Desenvolvi uma técnica que me permite fazer algo diferente a cada apresentação", contou. "E, quando há modificação no grupo de atores, isso fica mais fácil."Naquela noite de sexta-feira, quando recepcionou Lisa Brescia como a nova Donna, Judy revelou a condição básica para um rápido entrosamento. "É preciso construir uma relação como se fosse uma família, pois passamos muito tempo juntos", observou. "Isso tem de se refletir durante as apresentações pois Mamma Mia! trata exatamente disso: uma família que busca se reintegrar."Sensual em sua apresentação, a ponto de provocar uivos na plateia, Judy elege como canção favorita justamente uma em que não participa: Our Last Summer. "Ela me desperta lembranças de amigos antigos, alguns que não vejo há anos. Celebra a amizade."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.