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Modigliani ganha exposição em Roma, após 47 anos

Uma seleção de obras importantes, 17 das quais nunca foram expostas na antes na Itália

Por Agencia Estado
Atualização:

Clássico e aristocrático, moderníssimo e popular, Amedeo Modigliani está em exposição em Roma com uma seleção de obras importantes, 17 das quais nunca expostas antes na Itália, que narram sua breve existência e seu inteiro percurso criativo, da sua estréia até a morte, privilegiando o período parisiense (1906-1919). "A primavera em Roma começa antes, graças à exposição de Modigliani, que a minha geração nunca viu porque era criança quando ocorreu a famosa mostra de 1959", declarou o prefeito da capital italiana, Walter Veltroni, na apresentação da exposição inaugurada hoje no imponente Museu Vittoriano, na Praça Veneza. A grande retrospectiva da arte de Amedeo Modigliani expõe uma centena de pinturas, desenhos, aquarelas e uma escultura, Testa 1911-12, proveniente de Toronto, que mostra a história do artista natural de Livorno, na Toscana. O grande destaque está sobre o período parisiense, de 1906 a 1919, um ano antes da sua morte precoce (tinha 36 anos) e reconstrói através de célebres retratos as atmosferas desta época de vanguardas. A escolha do curador Rudy Chiappini foi por uma seleção entre as principais obras-primas expostas nas cinco mostras mais importantes sobre o artista italiano realizadas nos últimos 15 anos. Entre elas, 17 quadros inéditos na Itália. A exposição completa uma lacuna, pois chega quase cinqüenta anos depois da retrospectiva organizada pela Galeria Nacional de Arte Moderna em 1959. "Não é uma tarefa fácil recolher as obras de um artista que apenas nos últimos seis anos de vida atingiu o pico da maturidade expressiva e realizou não mais de 250 quadros, os quais, quando estava vivo, ninguém queria", afirma o curador da mostra, Rudy Chiappini, diretor do Museu de Arte Moderna de Lugano, na Suíça. A escultura, continua Chiappini, foi a grande paixão do artista. Modí, como é chamado no seu país natal, chegou em Paris há exatamente um século (e a exposição comemora também este centenário) proveniente da Itália e se confrontou com uma realidade cultural, dominada na época pelo cubismo de Picasso e pelas cores de Fauve e Matisse. A exposição segue até 20 de junho.

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