Modéstia, em cartaz no Rio, é repleto de elipses

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Por AE
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O cinema argentino chega cada vez mais ao Brasil - e ao mundo; o teatro também, mas mais vagarosamente. A bem-sucedida temporada de Conversando com Mamãe, baseada no texto de Santiago Carlos Oves, foi uma boa nova vinda do sul entre 2010 e 2011. Mulheres Sonharam Cavalos, de Daniel Veronese, trazida por Ivan Sugahara, outra. De Rafael Spregelburd, conhecido aqui por ter vivido o protagonista do gracioso filme O Homem Do Lado, Sugahara já havia pinçado A Estupidez. Desde ontem, no palco do Centro Cultural Correios, no centro do Rio, está a montagem de Pedro Brício de Modéstia, mais um texto da heptalogia de Spregelburd com os sete pecados capitais que compõem sua proposta de "cartografia moral": extravagância, inapetência, paranoia, teimosia, pânico, além da modéstia e da estupidez. Xenofobia, imigração e dificuldades de comunicação permeiam duas histórias paralelas, uma na Buenos Aires da classe média em crise, outra na Europa do século 19. Fernando Alves Pinto, Gilberto Gawronski, Bel Garcia e Isabel Cavalcanti fazem dois personagem cada, que vão se contaminando.A peça, de 1999 e muito premiada, já começa com um ruído: um homem entra no apartamento errado e é recebido por uma mulher de revólver na mão. A sensação de não pertencimento vai se avivando. As pistas não levam a respostas sobre a história, cheia de elipses. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. MODÉSTIA - Centro Cultural Correios - R. Visc. de Itaboraí 20; (21) Tel.: 2219-5165. 5ª a dom., 19 h. R$ 20. Até 15/4.

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