Moda brasileira ganha destaque internacional

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Por Agencia Estado
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O esforço para promover a moda brasileira no mercado internacional começa a render frutos. A indústria nacional, que começou a despertar a curiosidade de revistas como a Dutch, em 1998, City NY, em 1999, e Vogue inglesa, no primeiro semestre, aparece este mês na W e na Paper, além de ganhar referência na revista do New York Times. Alexandre Herchcovitch, Tufi Duek e Fause Haten são os três nomes que mais estiveram presentes no mercado e na imprensa americana nos últimos tempos. Herchcovitch saiu na frente ao distribuir suas criações no mercado internacional por meio de um show-room em Londres. Hoje, ele está presente em diversos pontos-de-venda alternativos nos Estados Unidos, tendo ganhado destaque em uma edição do Women´s Wear Daily, em julho, sobre o MorumbiFashion. O estilista, que tem mostrado suas coleções dentro da programação oficial da Semana de Moda de Londres, foi chamado de Alexandre o Grande. Duek, que fez uma entrada modesta no mercado americano ao abriu um show-room em Nova York em 1998, continua ganhando cada vez mais clientes. Seu nome despertou a curiosidade da Vogue americana, ainda que de maneira discreta, mas ele é o que mais foi longe em termos de vendas. Suas peças estão disponíveis em todos os Estados Unidos, em badaladas lojas de departamentos como a Barney´s e a Neiman Marcus. Haten, que foi contratado pela marca Giorgio Beverly Hills, no ano passado, fez seu primeiro desfile dentro da programação da Semana de Moda de Nova York em março, tendo Gisele Bündchen como estrela. Desde então, ganhou uma crítica mista no New York Times, mas teve suas roupas fotografadas por várias revistas. Em setembro, ele faz seu segundo desfile na 7th On Sixth, trazendo novamente sua equipe brasileira à cidade. Na W de setembro, aparecem também marcas como Forum, Zoomp, Ellus e Cia. Marítima. Em um destaque de meia página, a revista compara o hype brasileiro ao visto recentemente com a moda da Islândia e da Austrália. Apesar de elogiar as marcas citadas, a jornalista Jessica Kerwin gostou mesmo foi de Herchcovitch. "Ele foi o favorito, de longe", diz ela. O estilista fala na revista sobre como a moda vem ganhando atenção na cultura mundial. "Acho que em dez anos as pessoas vão discutir o assunto durante o jantar, assim como política e esportes." O mais novo a ser descoberto pelos descolados nova-iorquinos é Reinaldo Lourenço, que ganhou uma página inteira na "Paper", a Bíblia da cultura Downtown. Ele aparece em uma reportagem intitulada "Turma de 2001", como uma das promessas do mercado internacional no ano que vem, quando faz seu primeiro desfile em Paris. "Suas criações são frescas, românticas e modernas", atesta a revista. A W também dedica várias páginas à passagem de Gisele por São Paulo, acompanhada de perto por uma repórter. De acordo com a publicação, a modelo é "a maior estrela em seu país", com um nivel de celebridade "só comparável ao de Xuxa". "Pessoas fazem peregrinações para Horizontina só para ver a casa onde ela cresceu", exagera a reportagem. Se continuar assim, a Semana de Moda brasileira vai ter de se mudar para Nova York em poucos anos.

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