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Miss Brasil resgata glamour do passado

Por Agencia Estado
Atualização:

Nesta noite, 27 garotas, representando cada Estado brasileiro, sobem ao palco do Via Funchal, em São Paulo. Será mais uma edição do concurso Miss Brasil, com transmissão ao vivo pela "Rede Bandeirantes", a partir das 22 horas. A promessa deste ano é o "resgate do glamour", marca registrada do evento em de décadas passadas. Como o concurso está decadente há muito anos e já foi classificado como brega por seu formato ultrapassado, a missão foi entregue a um expert no assunto: Paulo Borges, diretor artístico do badalado São Paulo Fashion Week. No mínimo, um toque de modernidade já está garantido. "É um grande desafio. O evento precisa tornar-se contemporâneo, mas o resgate é o mais importante", diz Borges. Contudo, antes da chegada de Paulo Borges, o Miss Brasil já tinha ganhado uma forcinha por "obra" da miss 2002, Joseane Oliveira. Só depois de desfilar por todo o lado com a faixa, os organizadores descobriram, pela imprensa, que a moça infringiu o regulamento do concurso. Também "pecou" ao protagonizar cenas calientes no reality show da "Rede Globo", Big Brother Brasil 3. "A destituição da Joseane, a primeira miss Brasil destituída por ser casada, acabou chamando atenção da mídia para o evento. Foi um problema para nós e para ela, mas teve final feliz para todos. Não temos como fiscalizar a vida de todas candidatas", conta Naila Micherif, uma das sócias da Gaeta, empresa que detém a franquia do Miss Brasil. O concurso exige que a candidata seja solteira e tenha até 25 anos. Ao contrário de Joseane que foi parar nas páginas da Playboy. as candidatas entrevistadas pela reportagem garantem que, hoje, não fariam isso por dinheiro nenhum. Afinal, "uma miss é muito mais do que um corpinho bonito", fez questão de afirmar a miss Paraíba, Mayana Neiva, que se considera a sósia de Jackie Kennedy Onassis. Já Naila, miss Brasil 1997 e filha de miss, acredita que o concurso tem tudo para retomar o sucesso dos tempos áureos, quando mobilizava multidões e lotava o estádio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. "A ´Band´ e o Paulo (Borges) vieram para engrandecer o concurso. É uma responsabilidade voltar ao glamour do passado, mas vamos conseguir", explica Naila. "No ano passado, após 22 anos, a ´RedeTV!´ transmitiu o concurso ao vivo. Foi o começo de uma reestruturação para nós." Segundo Borges, o desafio é recuperar o sentido institucional do concurso, sem que este fique atrelado a concursos de modelos, que apresentam estética e objetivo diferentes. "A modelo tem estética clássica e comercial e a miss, sentido de beleza institucional. Traz a idéia de embaixadora de um país ou Estado, pronta para falar da cultura, da beleza e das diferenças sociais." "Essa edição será uma limpeza, vamos enxugar e deixar a essência. Vamos trabalhar com a grande história do concurso: traje típico, gala e maiô. Mostrando em um processo cênico a transformação de uma menina a uma rainha, com a orquestra de jazz, a Mantiqueira, que tocará somente música brasileira", informa Borges. A vencedora do Miss Brasil 2003 estará automaticamente classificada para a disputa do Miss Universo 2003, em 3 de junho, no Panamá. A segunda colocada concorrerá ao Miss Mundo, em Londres; e a terceira, ao Miss Beleza Internacional no Japão. Como prêmio, a miss Brasil 2003 irá receber um carro e jóias. Aliás, este ano, as jóias que as misses ostentarão e as coroas das duas primeiras colocadas serão emprestadas pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) e Associação de Joalheiros do Estado de São Paulo (Ajesp). Aposentados os maiôs Catalina, as meninas irão usar modelos da grife Rosa Chá. As 10 finalistas terão direito a desfilar com luxuosos modelos bordados com 3.100 pedras de cristal Swarovski. No Via Funchal, o concurso Miss Brasil 2003 terá apresentação de Sabrina Parlatore, Astrid Fontenelle, Márcia Goldschmidt, Marcos Mion, Otávio Mesquita, Marcos Hummel e Gilberto Barros. E entre os jurados estarão: Costanza Pascolato, Alexandre Herchcovitch, Ana Hickman, Amir Slama, Danuza Leão, JR Duran, Celine Imbert, Zé Simão, Duda Molinos, Silvio Luiz, Arthur Eduardo Maranha Andrade, Glória Kalil e Lygia Kogus. História ? Segundo o site oficial do concurso (http://www.missbrasiloficial.com.br/index2.html), o primeiro concurso brasileiro foi realizado em 1865, mas a vencedora, por ironia, foi uma francesa: Aymée. Em 1900 outro concurso elegeu a carioca Violeta Lima Castro, conhecida como Bebê. Em 1922, venceu a paulista Zezé Leone. Mas oficialmente a disputa nos moldes atuais ocorreu em 1954, no hotel Quitandinha, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Entre os jurados: Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, o artista plástico Santa Rosa e a colunista de TV Helena Silveira. Já o concurso oficial de Miss Universo teria sido criado em 1952, em Long Beach (Califórnia/EUA), mas o Brasil só entrou em 1954, marcando a história com a baiana Marta Rocha, então Miss Brasil, perdendo o título de Miss Universo por duas polegadas a mais no quadril. Ela e a atriz Vera Fisher, Miss Brasil 1969, estão entre as mais famosas misses que o País já conheceu. Serviço - Via Funchal. Rua Funchal, nº 65. Vila Olímpia, tel.: (11) 3846.2300. Ingressos: os ingressos custam entre 40 e 50 reais. Parte da renda será revertida em benefício da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (MG).

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