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Mike Nichols é aclamado na Broadway com peça de Arthur Miller

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Por Redação
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A nova montagem nova-iorquina da peça "A Morte do Caixeiro Viajante", de Arthur Miller, foi aclamada pela crítica na sexta-feira, com elogios especiais à encenação feita pelo diretor de cinema e teatro Mike Nichols, e à atuação de Philip Seymour Hoffman. Um dos espetáculos mais aguardados do ano estreou na quinta-feira, com Hoffman no papel do caixeiro viajante Willy Loman, e Andrew Garfield vivendo o filho de Willy, em seu primeiro papel da Broadway. Nichols, de 80 anos, diretor de filmes como "A Primeira Noite de Um Homem" e de várias peças premiadas, preservou os efeitos visuais e auditivos da produção original, de 1949, o que agradou os críticos. A New York Magazine disse que a produção é "atroadora", e o Wall Street Journal disse que a versão é "tão eloquente na sua simplicidade alquímica a ponto de consertar muitos defeitos da peça e passar por cima do resto". Para o Journal, o papel de Lonan é "um tributo ao talento" de Hoffman, que, prossegue a resenha, não fica nada a dever a seus antecessores que personificaram o personagem, como Dustin Hoffman, Brian Dennehy, Lee J. Cobb e George C. Scott. A New Yorker disse que "Hoffman, um eloquente pacote de virulência e vulnerabilidade, encontra toda a louca música na frustração de Willy". Para o The New York Times, "Nichols criou um monumento imaculado a uma grande peça americana. Ela é escrupulosa em sua atenção a toda a superfície que define tempo, lugar e humor". O Times, no entanto, critica a atuação de alguns coadjuvantes, e diz que o texto não consegue manter o mesmo interesse depois do emotivo início. "A Morte do Caixeiro Viajante" não era encenada na Broadway desde 1999, quando ganhou o prêmio Tony de melhor remontagem. (Reportagem de Christine Kearney)

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