Michael Moore questiona sistema de saúde dos EUA

Documentário tem estréia prevista para junho de 2007 nos Estados Unidos e vai criticar planos de saúde do país

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Por Agencia Estado
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O diretor de cinema Michael Moore, que com seu documentário Fahrenheit 9/11 criticou as ações do presidente George W. Bush durante os ataques de 11 de setembro de 2001, decidiu apontar sua câmera irreverente contra o sistema de saúde dos Estados Unidos. Moore apresentou na sexta-feira, no Festival Internacional de Cinema de Toronto, três partes de seu novo filme "Sicko", terminação informal que parte da palavra "sick" - doente, em inglês -, mas que nos Estados Unidos é usada para denominar pessoas com distúrbios mentais. Durante uma apresentação de duas horas, Moore falou de sua carreira como jornalista de contracultura, diretor de cinema e cidadão liberal. Depois ele mostrou imagens do novo filme, que promete ser irreverente, provocativo, hilário e crítico, como os outros filmes do diretor. Os trechos do filme mostraram histórias de pacientes que recorrem ao sistema de saúde americano, incluindo uma mulher a quem um plano de saúde negou o reembolso gasto depois do uso de uma ambulância. "As seguradoras buscam qualquer forma para não pagarem nada", afirmou Moore, diante da platéia, que estava lotada. Outro trecho do filme compara o sistema de saúde público do Canadá com o privado americano, concluindo que os canadenses têm um acesso mais justo aos serviços médicos. Além de Fahrenheit 9/11, que lucrou 100 milhões de dólares e tornou-se o documentário de maior sucesso da história, Moore dirigiu outros filmes como Tiros em Columbine, de 2002, que questiona o interesse da população norte-americana por armas e ganhou o Oscar de Melhor Documentário. Moore afirmou que "Sicko" estréia nos Estados Unidos em junho de 2007. Não há data prevista para estréia no Brasil. Ken Johnson, vice-presidente do centro de Pesquisadores e Produtores Farmacêuticos dos Estados Unidos, admitiu que o setor fico alarmado quando souberam dos planos de Moore fazer um documentário sobre o tema. "Michael Moore é um ativista político com vários antecedentes que mostram seu sensacionalismo. Ele não tem intenção de ser imparcial e equilibrado", criticou Johnson.

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