Michael Douglas volta aos cinemas como Gordon Gekko

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Por AE
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Foi há cerca de um mês que o ator Michael Douglas tornou pública sua luta contra um câncer na garganta. Foi entre sessões de quimioterapia e radioterapia que o astro de 65 anos divulgou o lançamento de "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme", que estreia hoje nos cinemas brasileiros. Mas qualquer indício de fragilidade acabou-se aí. Com a mesma atuação vigorosa que lhe valeu o Oscar de Melhor Ator em 1987, Michael Douglas, ou melhor, Gordon Gekko, o ganancioso especulador do mercado financeiro americano, está de volta em plena forma.Depois do sucesso de "Wall Street: Poder e Cobiça" (1987), que se tornou icônico na história do cinema ao retratar os bastidores do mercado financeiro norte-americano, a corrupção por trás das especulações e a geração de yuppies, o diretor Oliver Stones volta novamente a Wall Street. Mas se o frenesi dos gráficos e indicadores econômicos é ainda mais alto nos idos dos anos 2000, é porque o mundo é outro. Depois do colapso financeiro global sentido pelos grandes centros em 2008, também o abismo e o medo da bancarrota são mais reais do que a ilusão de lucro fácil repetida pelos correntistas de plantão ao telefone.Mas a trama de Stone retoma a vida de Gekko de um ponto de vista bem diferente. Após uma temporada de oito anos na prisão por crimes fiscais, ele é posto em liberdade, envelhecido, amargurado e sozinho. O tempo passou, uma nova geração surgiu e, desta vez, o cerne da história não está mais em Gekko - ao menos, não agora. Com tino para o negócio, raciocínio ágil e uma carreira promissora pela frente, Jacob Moore (Shia LaBeouf, o mocinho de "Transformers") é um jovem corretor que também quer o poder, mas apresenta-se como uma versão evoluída do novato da primeira versão do filme, Bud Fox, interpretado por Charlie Sheen nos anos 80.Moore não visa apenas luxos materiais, mas investe seus lucros em pesquisas científicas que envolvem energia não-poluente. Além disso, é apaixonado pela namorada Winnie (Carey Mulligan, de "Educação"), filha de Gekko. É pensando em reunir a família que Moore se aproxima de Gekko quando fica sabendo de sua libertação. E mesmo tantos anos depois, Gekko não perdeu a lábia afiada e, aos poucos, vai envolvendo o inocente rapaz em transações. Os tempos são outros e o mercado financeiro não perdoa nem mesmo grandes conglomerados. Keller Zabel, empresa onde Moore trabalha, vai à falência. Para o jovem Moore, movido a ideais, Gekko é também sua esperança de vingar o chefe, que é sua figura paterna na vida e perdeu tudo por traições de seus poderosos colegas banqueiros. É hora de entrar no jogo e, desta vez, não pensar em consequências. As informações são do Jornal da Tarde.

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