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Memórias da prostituição: um gênero literário

Bruna Surfistinha é mais uma expoente de uma fórmula surgida nos anos 70 com o sucesso do livro alemão "Christiane F. 13 anos, Drogada e Prostituída", êxito no mundo todo

Por Agencia Estado
Atualização:

Mulheres que escrevem sobre o submundo da prostituição em que se meteram quando jovens não é uma novidade. Nos anos 70, a alemã Christiane Vera Felscherinow, conhecida como Christiane F., lançou o autobiográfico Christiane F. - 13 Anos Drogada e Prostituída. Seu livro foi um sucesso por todo o mundo e chegou a virar filme. Hoje, Christiane não é mais uma profissional do sexo mas ainda não se livrou da guerra contra as drogas, iniciada em 1975. Aos 43 anos, seu estado clínico pós-mergulho de anos em doses e doses de heroína é considerado por especialistas como ´irreversível´. Na França, a ricaça garota Lolita Pille tinha 18 anos quando escreveu "Hell", uma geral cruel e impiedosa do cotidiano dos jovens da alta burguesia parisiense. Não chega a ser um diário de uma ex-prostituta, mas choca às vezes até mais por trazer passagens de sexo e drogas embalados em muito dinheiro. "A única coisa que mudou na minha vida desde então são as drogas e os bares aonde vou", relatou em entrevista. A Espanha tem Virgínia como sua prostituta-escritora mais famosa. Suas experiências profissionais foram relatadas em uma agenda, em um blog e, claro, em um livro chamado A Agenda de Virgínia, lançado no Brasil pela editora Planeta. Virgínia é o nome de Alejandra Duque, que se define como tímida e que conta o que viu durante os três anos em que círculos entre as profissionais do sexo da Espanha. Vanessa de Oliveira é outra brasileira, ex-prostituta, a abrir seu baú de memórias. O lançamento de seu livro, "O Diário de Marise", será no mesmo dia e local que o lançamento do livro de Samantha Moraes.

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