PUBLICIDADE

Memória de Simón Bolívar é resguardada

Por Agencia Estado
Atualização:

O pensamento e a obra do venezuelano Simón Bolívar (1783-1830), reunidos no Arquivo do Libertador ocuparão a partir de amanhã uma nova sede depois de passar anos de descaso e abandono. Com um investimento de aproximadamente US$ 160 milhões, a Academia Nacional da História e o Banco Venezuelano de Crédito empreenderam há nove meses a restauração e o recondicionamento tanto dos manuscritos de Bolívar como da sede do arquivo, um antigo edifício no centro de Caracas. Os documentos, proclamações, cartas, decretos e outros papéis originais de O Libertador, reunidos em 280 volumes ficarão alojados em um espaço com piso e paredes de mármore cinza, estantes com vidros e uma porta blindada para assegurar sua integridade, conforme informa hoje o diário El Nacional. O Arquivo do Libertador, considerado Patrimônio do Mundo pela Unesco, em novembro de 1997, contará com o acondicionamento climático necessário para manter em bom estado os documentos que datam do fim do século 18 e início do 19. O legado de Bolívar passou anos nas mãos de vários historiadores locais e depois foram jogados em um imóvel no centro de Caracas. Especialistas locais detectaram que os manuscritos mais importantes da América Bolivariana apresentavam graves danos como consequência de anos guardados em local úmido, sem luz ou ventiação adequada, segundo diagnóstico do Centro de Conservação de Papel da Biblioteca Nacional. Os manuscritos sofreram também ?restaurações inadequadas com utilização de técnicas erradicadas há muitos anos?, conforme o informe oficial. ?A restauração dos documentos está sendo feita pelo Centro de Conservação de Papel da Biblioteca Nacional?, garantiu a secretária da Academia Nacional de História, Marianela Ponce, mas ?ainda falta muito para ser feito e muito financiamento a buscar?, reconheceu o presidente desse organismo oficial, Rafael Fernández. O próximo passo do plano de resgate do legado bolivariano é sua digitalização, a fim de dar acesso público ao arquivo. Para isso, foi criada uma Sociedade de Amigos do Arquivo do Libertador, como mecanismo de busca de fundos para conclusão do projeto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.