
27 de setembro de 2010 | 09h33
As reproduções são digitais - fotos impressas em placas de fórmica -, em tamanho um pouco maior ou menor que o original. "Não queríamos fazer cópias, e sim réplicas parecidas com o original", diz um dos organizadores da mostra, Ronaldo Graça Couto. "O objetivo é despertar a vontade de conhecer o museu." As telas ficarão em locais a no máximo 1,5 quilômetro do Masp.
Os quadros reproduzidos são alguns dos mais importantes do acervo, como "Menina Com as Espigas", de Renoir, "Paisagem Com Tamanduá", de Frans Post, "Retrato de Fernando VII", de Francisco de Goya, e "Natureza-Morta Com Prato, Vaso e Flores", de Van Gogh. A escolha foi feita pelo crítico e curador Teixeira Coelho. "A ideia não é que as pessoas parem diante das obras. Em uma cidade neurótica como São Paulo isso não acontece", diz. "Só queremos que elas quebrem um pouco a rotina visual, que os retratos sirvam como interruptor do circuito de pensamento."
Segundo Couto, a inspiração do projeto veio da National Gallery de Londres. Em 2007, a instituição colocou reproduções de seu acervo em ruas da capital inglesa. Algumas foram roubadas, outras depredadas. "O mesmo pode acontecer aqui, mas as fotos das telas não têm valor financeiro. O que importa é a mensagem que passam."
Dentro da lei - O Revelarte teve autorização da Prefeitura para usar muros e vitrines nos Jardins e na Consolação, sem infringir a Lei Cidade Limpa. Os quadros vão ficar em fachadas de prédios e vitrines com grande movimento, entradas das Estações Consolação e Trianon-Masp do Metrô, além de restaurantes e livrarias. O fotógrafo Ary Diesendruck vai registrar a exposição e a reação do público nas ruas para um eventual livro sobre a iniciativa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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