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Marluce Dias defende capital estrangeiro na TV

Por Agencia Estado
Atualização:

A diretora-geral da Rede Globo, Marluce Dias da Silva, incluída na semana passada entre as 50 mulheres mais importantes do mundo ? fora dos Estados Unidos ? na lista da revista Fortune, defendeu ontem à tarde em São Paulo a entrada do capital estrangeiro nas empresas de comunicação do País, durante simpósio no Hotel Transamérica. ?É importante, sim, ter capital estrangeiro no Brasil?, afirmou Marluce durante exposição no simpósio. ?Mas é importante proteger o conteúdo nacional. Que venham os capitais, mas que não se fechem as portas à proteção do conteúdo nacional?, completou. Disse, sobre o fato de já haver internacionalização na TV paga e na Internet, que o ?efeito ainda é muito pequeno? na identidade e cultura brasileiras, já que ainda ?não atinge o Brasil de verdade? . Segundo ela, ainda dá tempo para proteger manifestações da cultura genuinamente brasileira. Na palestra, Marluce mencionou alguns fatores de sucesso para as empresas de comunicacão, entre eles, conhecer as necessidades globais e coletivas, a co-operação (frisou o hífen, mostrando o sentido de operar junto) entre empresas, a necessidade de escala operacional, e a habilidade de trabalhar em diversas plataformas, entre outras. Disse ainda que a linguagem da convergência é audiovisual, por ser a mais próxima dos sentidos humanos. Marluce falou durante duas horas para uma sala lotada. Disse que a temática muçulmana da novela O Clone atende à curiosidade do público da Globo - segundo a executiva, uma pesquisa já tinha determinado esse interesse há um ano. Ela terminou sua palestra defendendo a mídia como veículo de uma organização social que viabilize a felicidade, destacando a responsabilidade social das empresas de comunicação e dizendo que só por meio da educação é que se pode dar oportunidades iguais a todos. Marluce entrou na lista da Fortune em 37º lugar, mas não é a única brasileira da relação. Maria Silvia Marques Bastos, da Companhia Siderúrgica Nacional, aparece em 20º lugar. A primeira da lista é Marjorie Scardino, da Pearson. A Fortune registra a emergência de mulheres em postos de comando, lentamente. ?Elas permanecem com uma empresa, invariavelmente adquirindo influência, e ganham o poder por meio de determinação e conhecimento interno?, afirma o texto do levantamento. ?A nota triste é que só há seis mulheres CEOs entre as que dirigem as 500 melhores companhias da Fortune", adverte o texto. ?Mas, se você não vê uma nova Mulher-Maravilha executiva, isso não significa que ela não exista ? ela pode estar fazendo silenciosamente seu trabalho?.

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