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Marepe abre sua primeira individual em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

Marcos Reis Peixoto, mais conhecido como Marepe, é um dos representantes do Brasil na 25.ª Bienal de São Paulo e agora também abre sua primeira exposição individual na capital paulista na Galeria Luisa Strina. Intitulada Supletivo Manual, É Natal, a exposição, que ficará aberta até o dia 20, é composta por uma instalação de várias obras recentes. Artista plástico baiano, nascido em 1970 na cidade de Santo Antônio de Jesus, ele é um dos atuais destaques da arte contemporânea nacional. Como o próprio curador da Bienal Agnaldo Farias definiu, o artista é "surgido no interior da Bahia". E de sua trajetória pode-se dizer que quando tinha 21 anos expôs na Europa e projetou-se como um dos mais criativos artistas baianos. Em 1997, recebeu prêmio do Museu de Arte Moderna da Bahia e foi um dos três vencedores entre 60 artistas brasileiros selecionados do projeto Antártica com Arte. Ganhou uma nova viagem à Alemanha, para visitar a Documenta de Kassel, da qual participou de mostras paralelas. Desde então, participou de várias exposições coletivas nos Estados Unidos, Espanha e Itália. Marepe difine-se como um artista popular brasileiro. Para ele, é a partir da expressão do regional que o artista pode se projetar. Selecionado como um dos representantes brasileiros na 25.ª Bienal, Marepe apresenta no 3.º pavimento um imenso muro de tijolos arrancado de algum recanto de Salvador e exposto ao natural. No pedaço de muro, há a seguinte inscrição: "Tudo no mesmo lugar pelo menor preço." Entre as obras para essa exposição na Galeria Luisa Strina, Marepe apresenta uma réplica de uma casa feita de madeira com o título Embutidinho. Outra obra é a instalação formada por três caixas de metal, cada uma com um queijo em que o artista desenhou o mapa-múndi em suas cascas. O trabalho, Um Fio Que Ligue os Mundos, é completado com um ratinho de bombril. Outra obra interessante é o conjunto de panelas de metal em que Marepe inseriu gravações de desenhos com o título de Velas e Sinos Trenó e Deus Menino. E talvez a obra mais chamativa da exposição seja Cajueiro com Neve de Algodão, uma árvore montada pelo artista em tamanho real que é envolvida com algodão. O ensaio fotográfico Doce Céu de Santo Antônio, um registro de sua performance com algodão-doce. A exposição ainda conta com desenhos do artista. Marepe. De segunda a sexta, das 10 às 19 horas; sábado das 10 às 17 horas. Galeria Luisa Strina. Rua Oscar Freire, 502, tel., 3088-2471. Até 20/4.

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