Marcos Palmeira mostra seu lado Fernando Amorim

Apaixonado por cinema e pelo País, como seu personagem em Celebridade, o ator não esconde a vontade de dirigir seus colegas

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Por Agencia Estado
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Na ficção, em Celebridade, ele é o produtor de cinema Fernando Amorim. Fora das telinhas, Marcos Palmeira não esconde a vontade de dirigir os colegas e sua paixão pela sétima arte. "Eu estou me tornando um ator cada vez mais crítico em relação ao meu trabalho. Gostaria de ver se eu consigo fazer um projeto com atores e ficar satisfeito com o trabalho deles", diz. No cinema, o ator de 40 anos já tem 32 filmes no currículo, entre eles Dom (2003), Como Ser Solteiro (1998) e Carlota Joaquina (1995). Filho do produtor e cineasta Zelito Viana, Marcos Palmeira estreou aos cinco anos de idade, em Copacabana Me Aterra (1969). O ator adora cinema mas tem que dividir o cotidiano entre cinema, televisão e teatro. Na tevê, conquistou o público com o peão Tadeu, em Pantanal (1990), João Pedro, em Renascer (1993) e o garimpeiro João Coragem, no remake de Irmãos Coragem (1995). Apesar do tipo rústico desses personagens, Fernando Amorim é bem diferente e Marcos admite que no começou sentiu-se um pouco inseguro para interpretar o pai dos garotões Bruno Ferrari e Bruno Gagliasso. "Mas nos divertimos muito e não me preocupo mais com isso", garante. Louco por cinema e pelo Brasil, seu personagem em "Celebridade" se parece bastante com o Marcos Palmeira, não? Marcos Palmeira - (Risos) É, eu adoro cinema e já viajei bastante, mas nunca pensei em morar fora. O Brasil é o melhor lugar para se viver. O País tem muita coisa para melhorar e crescer. O Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa, mesmo com todos os problemas. Aos 40 anos você continua a mil por hora? E eu ainda tenho muita coisa para fazer na TV, no teatro e cinema. Tenho vontade até de dirigir. Eu estou me tornando um ator cada vez mais crítico em relação ao meu trabalho, o que às vezes me atrapalha um pouco, mas eu tenho vontade de experimentar isso: ver se eu consigo fazer um projeto com atores em que eu fique satisfeito com o trabalho deles. Com tantos filmes no currículo, como você vê a atual fase do cinema nacional? O cinema está em uma fase muito positiva. Hoje é mais raro o filme que não consegue cumprir um roteiro, chegar ao fim. Isso é resultado de uma boa administração e um profissionalismo em outras pontas. No cinema brasileiro só falta unir o profissionalismo da produção com o profissionalismo do lançamento, da divulgação. A imprensa se preocupa menos com o cinema? A imprensa precisa ter a consciência da importância da divulgação de grandes eventos culturais para que o brasileiro consiga se enxergar em seu País e não ficar simplesmente na fofoca leviana. É o que a novela "Celebridade" discute? É. Estamos em um momento muito bom para se questionar a ética na imprensa, que tem um papel muito importante na ajuda de uma revolução social do Brasil, levantando questões importantes ligadas à cultura e economia. Mas grande parte se preocupa com fofocas. Essas informações falsas obrigam os atores a se justificarem de algo que parece montado, um conto para vender notícia. Isso é pobre e ganha mais espaço que nosso trabalho como artista, mas a gente convive com isso. Você já teve problemas com jornalistas? Eu acredito que estou conseguindo me manter bem equilibrado. Eu até me dou muito bem com os fotógrafos que me perseguem em certos momentos (risos). A minha relação com a imprensa é boa e eu me dou bem com todo mundo. Mas acredito que as pessoas precisam pensar mais em até que ponto se deve "jogar" com a vida dos outros. Eu não acho a fofoca negativa. O negativo é viver simplesmente da fofoca, forma única de vender algo ou de se promover. Hoje a maior parte da mídia não se preocupa em checar uma informação. Publica qualquer coisa e é perigoso existir este tipo de comportamento na imprensa.

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