Marcos Mendonça é presidente da TV Cultura

Ele assume em 12 de junho o cargo de presidente da Fundação Padre Anchieta, gestora da TV Cultura e Rádio Cultura AM e FM

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Por Agencia Estado
Atualização:

O nome de Marcos Mendonça foi ratificado nesta segunda-feira pelo Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, como novo presidente da entidade gestora da TV Cultura e Rádio Cultura AM e FM. Ele foi o escolhido para assumir o lugar de Jorge Cunha Lima, que ficou nove anos na direção da emissora, e anuncia que vai se movimentar em busca de "fontes alternativas de recursos" e pela modernização da instituição. Mendonça torna-se presidente por conta de um acordo feito no mês passado entre conselheiros da fundação e os dois postulantes ao cargo (Mendonça e o próprio Cunha Lima, que pretendia se reeleger). O acordo, bastante criticado por funcionários e sindicalistas, "acomodou" Lima no cargo de presidente do Conselho, que passou a ser remunerado. O novo presidente assume no dia 12 de junho. "Até agora, eu me preocupei com a questão da eleição em si. A partir de agora, terei um mês para estudar a situação", afirmou o novo presidente, falando por telefone ao Estado. "Eu vou me empenhar para que a dramaturgia volte a ter espaço na programação, por um programa que abra espaço para a literatura, ao estímulo à leitura. Quero também que a TV se engaje na questão do esporte olímpico, da música erudita, fazer com que os concertos da Sala São Paulo sejam transmitidos pela emissora. E explorar melhor a estrutura cultural do Estado, com a orquestra Jazz Sinfônica, com um programa de incentivo à visitação de museus", enumerou Mendonça, falando dos seus planos. Reservadamente, comenta-se na emissora que a chegada de Mendonça vai "destravar" o fluxo de recursos do Estado para a emissora, já que o nome do ex-secretário de Cultura foi endossado pelo governador Geraldo Alckmin. O governador teria restrições à administração que Cunha Lima conduzia na instituição e dificultaria repasses de verbas. A fundação consome anualmente R$ 80 milhões do orçamento do Estado. Marcos Mendonça negou que tenha havido o afastamento prévio, antes mesmo de sua posse, da superintendente da emissora, Julieda Puig, segundo rumores. "Desconheço isso", afirmou. Julieda foi nomeada para o cargo como exigência do governo estadual para sanear as contas da emissora. Marcos Mendonça foi o mais longevo secretário de Estado da Cultura. Atravessou toda a era Covas e esteve com Alckmin até sua reeleição, há um ano e quatro meses. Suas principais obras na pasta foram a construção da Sala São Paulo, a reforma e reestruturação da Pinacoteca de São Paulo e a promoção do Projeto Guri.

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