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Marcelinho da Lua apresenta ´Social´, seu segundo álbum

Novo disco do DJ vai da raiz do samba à eletrônica do drum’n’bass

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Por Redação
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Em Baião no Morro, uma das boas faixas do álbum Social (Deckdisc), o produtor e DJ Marcelinho da Lua confirma que mantém o drum’n’bass "no sangue". Aqui ele mescla a batida que o consagrou com baião, como já fizeram DJ Dolores e Bossacucanova. Noutros momentos é o reggae que aparece com mais ênfase; há também variações de samba e levadas de hip-hop. "Aquela música também está ali pelo contexto do baião no morro, porque é um disco que fala muito da cultura do morro do Rio de Janeiro. Desde a forma de raiz até a música eletrônica", diz Marcelinho. Ele reconhece que o boom do drum’n’bass já passou e que ouvir a noite inteira essa batida numa pista pode ser chato. "E você também não vai poder dançar com uma taça de champanha na mão", brinca. "O house, que veio da disco music, está aí há tanto tempo e continua irresistível, com aquele bumbo nos quatro tempos. O drum’n’bass é mais estilo de rua, menos conformado. É um ritmo mais marginal mesmo, mas continua aí. Acontece em poucos lugares, mas a molecada sai do chão quando toca. E tem um monte de produtor bom fazendo, como Patife, Mad Zoo." No álbum de estréia, Tranqüilo (2003), Marcelinho acertou a mão numa versão de Cotidiano (Chico Buarque), interpretada por Seu Jorge, que virou hit. Desta vez, repagina outros dois bons sambas: Plim-Plim, de Martinho da Vila, com vocal do autor, e o clássico Sem Compromisso (Geraldo Pereira/Nelson Trigueiro), cantado por Pedro Quental. Outro bom remake é o de Ela Partiu (Tim Maia/Beto Cajueiro), com participação do grupo gaúcho Ultramen. O resto é material inédito ou seminovo. Os convidados, aliás, são muitos e de diversas origens, idades e tendências: o organista Ed Lincoln, o percussionista Laudir de Oliveira, que trabalha com ele há dez anos, os pianistas João Fera e João Donato; Gabriel Muzak como autor e tocando vários instrumentos além de cantar; Chico Chagas, acordeonista em ascensão; João Barone e Bi Ribeiro, dos Paralamas, entre outros. Muzak já aparecia no primeiro CD de Marcelinho. "Ele tem linguagem própria, o samba que ele toca não ficou um samba tradicional. Acho genial, foi o único cara que repeti de cantor nos dois discos." Social tem produção com peso acima de Tranqüilo. "Agora tenho mais experiência, comprei equipamentos top de linha, como um microfone alemão Neumann U 87. Gravo em casa com qualidade de qualquer bom estúdio", justifica o produtor. Marcelinho, que tem formação de técnico de som e assistente de estúdio, diz que com uma aparelhagem dessa o resultado só não fica bom "se o cara for muito ruim de tirar som".

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