12 de agosto de 2019 | 09h37
Marcas de luxo como Versace, Coach e Givenchy se desculparam por terem feito supostas afrontas à soberania nacional da China com camisetas apontando Hong Kong e Taiwan como países separados.
A Versace foi criticada no domingo por uma camiseta que apontava Hong Kong e Macau - ambas cidades semi-autônomas na China - como países independentes.
Hong Kong se tornou um tema particularmente sensível na China já que está há meses sendo protagonista de protestos pró-democracia.
Na segunda-feira, 12, imagens de uma camiseta da Coach de 2018 que dizia que Taiwan - uma ilha democrática com leis próprias que Pequim reinvidica como seu território - e Hong Kong não eram parte da China também provocou reações online.
A Givenchy também foi exposta por um motivo semelhante: uma camiseta preta que listava Taiwan e Hong Kong separados de outras cidades chinesas.
As três companhias tentaram minimizar o dano sobre os erros que custaram embaixadores das marcas na China.
A Coach disse num comunicado que as roupas com as "sérias imprecisões" foram retiradas do catálogo, acrescentando que estava "plenamente consciente da gravidade desse e erro e lamenta profundamenta".
A Versace também se retratou. "Amamos a China e resolutamente respeitamos a soberania nacional da China", disse a marca italiana pelo Twitter e pelo Weibo, a rede social chinesa.
O pedido de desculpas da Givenchy também ressaltou o respeito pela soberania, e disse que a marca "resolutamente apoia a 'Política de Uma China'".
O episódio fez com que modelos, atores, atrizes e cantores parceiros das marcas na China comunicassem seu desligamento das parcerias. Usuários nas redes sociais também criticaram as marcas.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.