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Marca não escapa da crise econômica

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Por Redação
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Apesar do sucesso nas passarelas e nas vendas, principalmente de acessórios e do anúncio da marca de que os resultados de 2009 foram melhores do que em 2008, a grife segue com dívidas. A alta de 14% nas vendas em todas as suas butiques não foi suficiente para evitar uma dívida contraída em consequência do projeto de expansão das suas lojas em países emergentes. Os números divulgados chegam a 1,1 trilhão, sendo 540 milhões causados pela abertura de novas lojas. Uma cifra elevada até para os padrões da grife que recentemente começou a renegociar sua dívida, comprometendo-se a pagar 450 milhões aos bancos até 2012. Além de apostar em novos mercados, uma das causas principais da crise que esbarrou na marca foi a aquisição de marcas estabelecidas, mas não lucrativas, como Jil Sander e Helmut Lang. A ousadia custou caro e levou Miuccia a se declarar arrependida da compra em entrevista à CNN, no fim do ano passado.A outra e também provável causa do endividamento foi o ambicioso projeto dos epicentros, cujas enormes lojas mais parecem museus de tão sofisticadas e conceituais.Na era da logomania, Miuccia ficou conhecida por democratizar a moda. Suas bolsas de náilon (material mais barato) se transformaram nos objetos de desejo do mundo da moda por mais de uma década e as suas criações, muitas vezes austeras, elevaram a roupa feminina a um patamar nunca antes alcançado. Na cartilha de Miuccia, fazer moda é provocar, mas é, antes de mais nada, arriscar constantemente.

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