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Maratona teatral leva 147 peças a Curitiba

Festival de Teatro da cidade abre hoje sua 13.ª edição. Durante 11 dias, serão cerca de 500 sessões de teatro, espalhadas por 37 espaços

Por Agencia Estado
Atualização:

O teatro toma conta da capital do Paraná, a partir de hoje. Durante 11 dias, o Festival de Teatro de Curitiba ocupará 37 espaços que vão de salas tradicionais a barracões e até um Albergue da Juventude, sem contar ruas, praças e bares. A mostra principal apresenta 16 peças, entre elas Fausto Zero, dirigida por Gabriel Villela. Há ainda dois espetáculos infanto-juvenis e 129 no Fringe, a mostra paralela. Em média, cada espetáculo faz duas apresentações na mostra oficial e três na paralela, ou seja, ao todo são mais de 500 sessões de teatro no evento. Nesta 13.ª edição, a programação da mostra oficial promete boa média de qualidade, mas dá pouca margem a surpresas. Todos os espetáculos envolvem nomes consagrados, artistas experientes ou companhias longevas, com linguagens já consolidadas. É o caso de montagens como O Inspetor Geral, texto de Gogol, dirigida por Paulo José com o grupo mineiro Galpão ou O Que Diz Molero, do grupo carioca Centro de Construção e Demolição do Espetáculo, dirigido por Aderbal Freire-Filho. Mas tal característica não é necessariamente ruim. Afinal, num País com as dimensões do Brasil, um festival nacional é sempre boa oportunidade para aglutinar grupos de vários Estados e propiciar uma visão de conjunto. Por isso, ressalte-se a presença do grupo gaúcho Tribo de Atuadores Ói Nóis aqui Traveiz que tem 25 anos de existência, 30 espetáculos no currículo, mas ainda é pouco conhecido nacionalmente. Indicado para o Prêmio Multicultural Estadão 2003, o grupo parte da novela Cassandra, da alemã Christa Wolf, para falar da Guerra de Tróia, do ponto de vista das mulheres, no espetáculo Aos Que Virão depois de Nóis - Kassandra in Process. Se a cada ano a organização parece querer diminuir a margem de risco na mostra oficial, as surpresas ficam mesmo por conta da programação do Fringe. Difícil é pescá-las entre 129 espetáculos. Dentre eles, compreensivelmente, 55 são de Curitiba. Afinal, não é fácil para trupes de outros Estados viajarem até o Paraná sem nenhum apoio. Ainda assim, há uma peça de Belém (PA), uma de Garanhuns (PE), cinco de Brasília (DF), seis de Florianópolis (SC) e três do Espírito Santo. A maioria vem dos Estados de São Paulo e Rio. Curiosamente, há ainda uma companhia de Braga, Portugal.

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