Maison de moda francesa Lacroix pede proteção contra credores

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Por Redação
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A maison de moda francesa Christian Lacroix, que está deficitária e foi fortemente atingida pelo colapso global do consumo, anunciou na quinta-feira que registrou pedido de proteção contra seus credores. Conhecida por seus vestidos coloridos em estilo barroco, a maison disse que espera poder continuar a operar, obtendo autorização do tribunal para entrar sob administração externa e fechar um acordo com seus credores. A Christian Lacroix se lançou no mercado de prêt-à-porter de luxo justamente no momento em que a demanda por moda de luxo estava diminuindo. A empresa vem sofrendo os efeitos de uma queda grande nas vendas em lojas de departamentos norte-americanas, das quais dependia fortemente. Fundada há 22 anos, a maison nunca obteve lucros e pertence à família Falic, proprietária do grupo dos EUA de varejo sem tarifas alfandegárias Duty Free America. Os Falic, que compraram a Lacroix do grupo de luxo LVMH em 2005, vêm há mais de um ano procurando um sócio ou comprador da Christian Lacroix, mas não conseguiram fechar um acordo nesse sentido. "Esse processo, que estava em sua fase final, também foi prejudicado pela crise financeira e não pôde ser concluído dentro do prazo necessário", disse em comunicado o executivo-chefe da Christian Lacroix, Nicolas Topiol. "A empresa espera conseguir concluir os procedimentos (legais) em pouco tempo e continuar a desenvolver sua marca." Em 2008 a Christian Lacroix teve prejuízo de 10 milhões de euros (13,88 milhões de dólares), sobre uma receita de 30 milhões de euros, e os pedidos de sua coleção de prêt-à-porter feminino 2009 estão 35 por cento abaixo do esperado, disse a empresa.

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