
10 de dezembro de 2011 | 15h37
Por meio de comunicado, a Polícia Metropolitana de Londres informou que entrou em contato com 2.037 pessoas durante a investigação, que já dura um ano, das quais 803 são supostas vítimas dos grampos telefônicos do tablóide de sucesso do grupo News Corp, de Rupert Murdoch.
Foi a primeira vez em que a polícia divulgou um número geral das supostas vítimas do escândalo do News of the World.
"Estamos confiantes de que entramos em contato pessoalmente com todos aqueles que foram alvos ou prováveis alvos das interceptações", disse a vice-comissária assistente da Polícia Metropolitana, Sue Akers, em entrevista ao The Times e publicada neste sábado.
A mídia, os políticos e a polícia da Grã-Bretanha foram abalados neste ano pelas revelações de que jornalistas e investigadores particulares haviam acessado ilegalmente mensagens de voz nos celulares para obter fofocas que pudessem ser publicadas. O inquérito também está investigando se os jornalistas pagaram a polícia para obter as informações.
O escândalo obrigou o News Corp a fechar o tablóide semanal News of the World em julho. Algumas autoridades policiais de Londres renunciaram e o assessor de imprensa do primeiro-ministro David Cameron, ex-editor do tablóide, deixou o cargo e foi preso.
A polícia já prendeu 20 pessoas ligadas ao caso até o momento, enquanto outras estão detidas por suspeita de invadir computadores e pagar a polícia para conseguir informações.
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