Mãe de filha do ator Hugh Grant ganha proteção judicial

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Por Redação
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A mãe da filha do ator Hugh Grant obteve uma injunção da Alta Corte de Londres "proibindo o assédio" a ela e à criança depois de dizer que os paparazzi tornaram sua vida insuportável. O mandado judicial ocorre em meio a um inquérito sobre os padrões da mídia na Grã-Bretanha (dentro do qual Grant é uma figura importante) e a um escândalo envolvendo grampos telefônicos colocados pelo império de mídia News Corp, de Rupert Murdoch. A atriz chinesa Tinglan Hong obteve a ordem na semana passada e os detalhes foram tornados públicos na sexta-feira, quando o juiz Michael Tugendhat explicou seus motivos em uma determinação por escrito, informou a Press Association. Tugendhat afirmou que, embora Grant seja muito conhecido, Hong "nunca buscou qualquer publicidade ou se tornou conhecida por qualquer razão". Ele acrescentou que ela e Grant, astro de filmes como "Notting Hill" e "Quatro Casamentos e um Funeral", fizeram o máximo para manter na esfera particular o fato de o bebê ser filha do casal. Mas Hong declarou que, depois do nascimento, a "vida dela se tornou insuportável". "Ela não pode sair de casa sem ser seguida e há fotógrafos constantemente à espera na frente da casa dela", afirmou o juiz. Em abril, o News of the World publicou uma história de capa intitulada "A Garota Secreta de Hugh", que especulava que Hong estaria grávida. Depois disso, ela passou a ser seguida e fotografada sem a sua aprovação. O juiz também mencionou um incidente ocorrido em julho, quando Grant, de 51 anos, apareceu em um programa da BBC TV e falou sobre as escutas telefônicas, das quais ele supostamente foi vítima. Naquela noite, Hong, de 32 anos, estava com sete meses de gravidez e recebeu telefonemas anônimos. "Depois de inicialmente ignorar os telefonemas, ela acabou atendendo", disse o juiz. "A pessoa na linha disse 'Diga a Hugh Grant para calar a boca'". A decisão menciona que Hong ficou apavorada e depois disso mudou o número do celular. Depois do nascimento da criança, ela não conseguiu levar a filha para passear e foi "incapaz de cuidar da filha dela de uma forma normal", disse o juiz. Na próxima segunda, Grant será um dos primeiros "participantes principais" a fornecer provas no inquérito público.

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