28 de janeiro de 2012 | 03h08
Ao contrário do previsto inicialmente, será gradativa a instalação da coleção no Ibirapuera. A atual exposição, que ocorre apenas no térreo do prédio principal, terá 17 obras. Entre elas, criações de Carlos Fajardo, Ernesto Neto e Carmela Gross. A partir de março é que a instituição dá início à sua agenda de atividades na "casa nova". "A ideia é que ele esteja em pleno funcionamento para a comemoração de seus 50 anos, em 2013", diz o secretário Andrea Matarazzo.
Atrasos e polêmicas marcaram a obra, que consumiu R$ 76 milhões. Inicialmente prevista para 2009, a reforma da construção, que é tombada nas esferas municipal e estadual, foi sendo postergada. "Realmente, a obra demorou mais do que o esperado", confirma o secretário. "Durante o processo, foi necessária a recuperação estrutural das vigas."
Também contribuíram para adiar a mudança um impasse nas negociações entre o governo e a USP. "Não houve desentendimento, mas questões burocráticas internas." Em agosto, a secretaria cogitou a transferência do prédio para a Pinacoteca do Estado. A polêmica envolvia a instalação do Clube das Arcadas - projeto do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da USP - em um terreno vizinho.
Os novos custos de manutenção do museu também foram motivo de desacordo entre secretaria e universidade. Chegou-se a anunciar o valor do montante a ser repassado da secretaria ao museu: R$ 10 milhões. "Agora, portanto, a ideia é a universidade custear sozinha a nova sede", acrescenta Matarazzo.
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