Lou Reed reclama de lanche e enche o Conjunto Nacional

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Por Raquel Cozer
Atualização:

Os hambúrgueres da Lanchonete da Cidade voltaram carregados por uma assessora poucos minutos depois de subirem. "Ele reclamou que a carne está crua", disse ela, descendo as escadas e referindo-se a Lou Reed. Instalado com seu staff no andar superior da loja da Livraria Cultura - Companhia das Letras, pouco depois das 18h desta sexta (19), o cantor e compositor fazia mais de 200 pessoas esperarem do lado de fora por autógrafos enquanto se indispunha com o lanche.

 

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O músico chegou a São Paulo durante o dia e fora apresentado à lanchonete por indicação do Sesc Pinheiros, onde passara o som pela tarde - e onde apresenta, amanhã e depois, seu projeto Metal Machine. Às 19h15, mais de uma hora depois do horário marcado para a sessão de autógrafos, terminou de comer o lanche substituto, encomendado às pressas na loja do América vizinha ao Conjunto Nacional, e desceu para os autógrafos. Um dia agitado no hall do histórico prédio da Paulista - além das pessoas se aglomerando do lado de fora da vidraça da loja para espiar o músico, adolescentes fantasiados de personagens de Harry Potter para um evento circulavam por ali.

 

Com barriguinha proeminente escondida sob a camiseta cinza, calça cargo preta e uma espécie de sapatênis verde e marrom de camurça, encaminhou-se até a mesa e reclamou assim que viu o primeiro da fila com três exemplares do livro Atravessar o Fogo (que inclui 310 letras de música dele traduzidas e no original) - queria autografar um só por pessoa, embora o combinado fossem mesmo três. Um dos primeiros da fila, o editor da Companhia das Letras André Conti aproveitou a deixa para comentar com o músico sobre como foi difícil o trabalho de tradução e edição de todas aquelas letras. Reed, sempre de cara fechada, sem sorrir, respondeu: "E olha que conheço pessoas que leram tudo. E ainda me deram retorno."

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