
03 de setembro de 2010 | 10h35
A grande graça é que o longa tira um pouco de sarro do formato tradicional de filmes de terror. Não há jogos de câmera. Tudo é filmado com técnica quase que de documentário, simulando uma filmagem feita pelos próprios personagens - uma fonte da qual "A Bruxa de Blair" e "Cloverfield" já beberam. Uma técnica que, bem executada, pode causar aumento nos batimentos cardíacos de quem o assiste. É como um reality show assustador.
O segundo filme da série, também dirigido pelos espanhóis Jaume Balagueró e Paco Plaza, começa 70 minutos depois que um prédio residencial em Barcelona é fechado porque seus habitantes, um a um, são acometidos por uma estranha infecção que os transforma em zumbis sanguinários. Se no primeiro filme, lançado em 2007, acompanhamos toda a história pela câmera de um cinegrafista que acompanhava uma bela repórter, desta vez tudo é filmado por uma equipe especial da polícia, destacada para acompanhar o sanitarista Owen. A princípio, a missão é acompanhá-lo para descobrir mais sobre o perigoso vírus. Mas, agora, eles não vão apenas com uma câmera. Cada um dos quatro soldados tem uma mini-filmadora instalada no capacete, além de uma câmera profissional carregada por um deles para documentar tudo.
Em "REC 2 - Possuídos", finalmente descobrimos um pouco da verdade por trás da história. Afinal, quem são os zumbis? São, sim, pessoas possuídas por entidades demoníacas com fome de carne humana - o título em português entrega isso. O vírus/demônio começou a ser espalhado por Medeiros - só citada no primeiro filme - uma menina possuída por um demônio, que estava sendo estudada por um padre, no tal edifício. O próprio doutor Owen, na verdade, também é membro do clero. E a missão dele lá dentro é recolher o máximo possível do material documentado sobre a garotinha possuída. Os diretores do filme já anunciaram mais duas continuações para a série. O fim do filme consegue ser mais surpreendente do que o primeiro. Ou seja, mais sustos virão. As informações são do Jornal da Tarde.
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