Livro usa imagens para mostrar progresso de SP

O perído de 1860 a 1960 é retratado no livro A Paisagem Humana, de Ruy Mesquita Filho e Mary Lou Paris, tendo como enfoque as pessoas

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Por Agencia Estado
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Um dos períodos decisivos do processo de evolução da cidade de São Paulo é retratado no livro São Paulo, 1860 - 1960 - A Paisagem Humana, de Ruy Mesquita Filho e Mary Lou Paris, publicado pela Editora Albatroz em parceria com a Terceiro Nome (256 págs., R$ 140). No ano em que a cidade comemora 450 anos, o diferencial do livro (editado com apoio da Lei Rouanet e patrocínio da Camargo Corrêa S.A.) é seu enfoque: as pessoas. Uma cidade se faz não apenas de prédios, paisagens, mas, principalmente, do modo como os habitantes interagem com esse pano de fundo. É isso que dá vida a uma cidade. E, observar o modo como essa interação se transforma é também vislumbrar a cidade crescendo ao longo dos anos. É esse o conceito por trás das mais de 200 fotografias selecionadas, a maioria oriunda dos arquivos do Estado. E também a tônica dos textos do jornalista Fernando Portella que acompanham e descrevem, década a década, as mudanças pelas quais São Paulo passa no período de cem anos coberto pelo livro, que conta ainda com textos de intelectuais e personalidades das épocas fotografadas. "Da década de 20 em diante, a imigração pesada, interna e estrangeira, transformaria São Paulo em muitos sentidos, seja com maior fluxo de pessoas, seja culturalmente", assinala Ruy Mesquita Filho (foto). "Com essa mistura, a cidade cresceu, explodiu, começou a crescer desordenadamente. De repente, tudo e todos vinham para cá", completa Mary Lou Paris. O livro também aborda a questão dos costumes, do cotidiano. "É interessante ver, por exemplo, como, à medida que o tempo passa, as pessoas tornam-se cada vez mais presentes", observa Mary Lou (foto). "É nessas pequenas coisas que você vê a cidade, em imagens que retratam situações públicas como as eleições, as comemorações do 4.º Centenário, a Revolução de 32. E, num sentido mais cultural, de costumes, podem-se extrair informações importantes também das roupas, do uso dos chapéus, etc."

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