Livro revela curiosidades na carreira de Tim Burton

'O Estranho Mundo de Tim Burton' traz reportagens sobre os bastidores de toda a filmografia do diretor

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Por AE
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O cineasta norte-americano Tim Burton, de 53 anos, é um dos diretores mais bem-sucedidos das últimas três décadas. Seu primeiro longa-metragem, As Grandes Aventuras de Pee-Wee (1985), que dirigiu aos 26 anos, foi o maior sucesso de público daquele ano. Seu último filme, Alice no País das Maravilhas (2010), gerou o lucro mundial de US$ 1 bilhão. Os fãs que quiserem conhecer mais dessa trajetória podem conferir O Estranho Mundo de Tim Burton (Ed. Leya, R$ 44,90). O livro traz reportagens sobre os bastidores de toda a filmografia do diretor.Apesar de os textos da publicação trazerem algum grau de análise cinematográfica, o forte das reportagens são mesmo as curiosidades a respeito das próprias filmagens comandadas por Burton. Em Batman (1989), fica-se sabendo, por exemplo, que os cenários de Gotham City foram realmente construídos. Não foram utilizadas miniaturas nem cenários pintados. E que Jack Nicholson, na pele do Coringa, não trabalhava mais que quatro horas por dia, por razões contratuais. Outra curiosidade é o rumor de que a atriz Kim Basinger, que fez a mocinha do filme, teria sido escolhida por namorar um produtor. Algo que Burton desmente em entrevista numa das reportagens.O personagem Edward, de Edward Mãos de Tesoura (1990), poderia figurar de maneira bem diferente em nossa memória se o ator Tom Cruise tivesse aceitado o papel. O estúdio chegou a fazer várias reuniões para convencê-lo a se juntar à empreitada, mas o astro americano não quis. Segundo a publicação, os boatos davam conta de que ele achava o personagem "pouco masculino". Johnny Depp, por sua vez, não viu nisso um problema. Depois desse filme, ele e Burton trabalharam em várias produções, dentre elas, A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005) e Alice no País das Maravilhas (2010).Esse último filme, aliás, parece ter sido um bocado estressante: 90% das filmagens foram feitas em fundo verde, para que as animações de coelhos e afins fossem aplicadas depois. Por causa disso, elenco e equipe técnica teriam sentido náuseas constantes por ficarem muito tempo cercados por paredes verdes. Burton, porém, conseguiu se proteger dos efeitos colaterais: ele tinha lentes especiais em seus óculos.Apesar de o livro trazer esse e outros detalhes interessantes sobre os filmes do diretor, fica faltando substância quando resolve falar da vida do próprio cineasta. Essa é uma proposta que a publicação promete no prefácio e na contracapa e que não cumpre. Há apenas algumas pinceladas sobre a infância solitária de Burton. As informações são do Jornal da Tarde.

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