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Líderes mundiais homenageiam Mandela como campeão da liberdade e reconciliação

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Por Redação
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Nelson Mandela foi saudado nesta quinta-feira como um "herói do nosso tempo", conforme homenagens chegavam de líderes mundiais sobre a morte do homem que liderou a luta vitoriosa contra o regime de segregação racial na África do Sul e se tornou o primeiro presidente negro do país. "Personalidade maior do século 20, Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea - o fim do apartheid na África do Sul", disse a presidente Dilma Rousseff em nota. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comentou a morte de Mandela, classificou o líder sul-africano como "uma das figuras mais extraordinárias que conheci". "Nelson Mandela foi uma das mais importantes lideranças políticas do nosso planeta. Sua história de lutas é inigualável, um exemplo de determinação, de perseverança e de quanto é importante a disposição para o diálogo entre os homens", afirmou Lula. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, escreveu no Twitter que "uma grande luz se apagou em todo o mundo... Nelson Mandela foi um herói do nosso tempo." O primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama disse que Mandela "conseguiu mais do que se poderia esperar de qualquer homem". "Hoje ele foi para casa, e nós perdemos um dos seres humanos mais influentes, corajosos e profundamente bons com o qual qualquer um de nós conviverá nesta Terra", disse Obama em pronunciamento na Casa Branca. O presidente sul-africano, Jacob Zuma, anunciando que Mandela morreu em sua casa nesta quinta-feira em Johanesburgo depois de lutar contra uma infecção pulmonar prolongada, disse: "Nosso povo perdeu um pai." "Embora soubéssemos que esse dia chegaria, nada pode diminuir a nossa sensação de uma perda profunda e duradoura. Sua luta incansável pela liberdade ganhou o respeito do mundo", acrescentou. Mandela emergiu após 27 anos das prisões do regime para ajudar a guiar o país a superar o derramamento de sangue e alcançar a democracia, tornando-se uma das figuras políticas mais respeitadas e amadas do mundo. Ele foi eleito presidente em um pleito multirracial em 1994 e se aposentou em 1999. F.W. de Klerk, último presidente branco da África do Sul, que dividiu o Prêmio Nobel da Paz com Mandela em 1993, elogiou-o como "um grande unificador e um homem muito, muito especial a este respeito, além de tudo o que ele fez". "Esta ênfase na reconciliação é o seu maior legado", disse De Klerk à emissora norte-americana CNN. Bill Clinton, que foi presidente dos Estados Unidos durante a época em que Mandela era presidente, disse que a história irá se lembrar do ex-líder sul-africano como "um campeão da dignidade humana e da liberdade, da paz e da reconciliação". "Vamos lembrar dele como um homem de graça incomum e compaixão, para quem abandonar a amargura e abraçar adversários não era apenas uma estratégia política, mas um modo de vida", disse. O ex-presidente norte-americano George H.W. Bush, que estava no cargo quando Mandela foi libertado da prisão em 1990, disse: "Como presidente, eu observava com espanto como Nelson Mandela tinha a notável capacidade de perdoar seus carcereiros após 26 anos de prisão injusta - a criação de um poderoso exemplo de redenção e graça para todos nós." "LUTA PELA LIBERDADE" O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) estava em sessão quando os embaixadores receberam a notícia da morte de Mandela. Eles pararam a reunião e fizeram um minuto de silêncio. "Nelson Mandela foi um gigante para a justiça e uma inspiração humana na Terra", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a jornalistas. "Nelson Mandela nos mostrou o que é possível para o nosso mundo e dentro de cada um de nós se acreditarmos, sonharmos e trabalharmos juntos para a justiça e a humanidade." O presidente da França, François Hollande, afirmou: "Nelson Mandela fez história. Essa (história) da África do Sul e do mundo inteiro". "A mensagem de Nelson Mandela não vai desaparecer. Ele continuará a inspirar os combatentes pela liberdade, e para dar confiança para os povos na defesa de causas justas e direitos universais", disse o presidente francês em comunicado. A chefe de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, disse que "mais do que ninguém, Nelson Mandela inspirou minha geração e nosso mundo". O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que Mandela foi "uma das figuras mais ilustres do nosso tempo... um homem de visão, um combatente da liberdade que rejeitou a violência". "Hoje morreu um grande lutador pela liberdade, Nelson Mandela, um dos símbolos mais importantes da liberdade do mundo", disse Moussa Abu Marzouk, um alto funcionário do grupo islâmico palestino Hamas, chamando Mandela de "um dos maiores apoiadores da nossa causa".

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