Letícia Sabatella lança CD de poemas orientais

Após fazer a Latifa de O Clone, a atriz abraçou de vez a cultura oriental e agora lança o disco Poemas Místicos do Oriente

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Por Agencia Estado
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Letícia Sabatella está mais mística do que na época em que vivia a muçulmana Latifa em O Clone. Livros de monges budistas, biografias de filósofos orientais, incensos, meditação e alimentação equilibrada são algumas das coisas que esta tímida atriz de 32 anos abraçou de vez desde que saiu da novela escrita por Glória Perez. Nem pense em perguntar a esta bela mineira, de olhar profundo e sorriso sereno, sobre seus planos para o futuro. No seu mundo zen, o que interessa é contemplar o presente. Por isso, Letícia Sabatella não diz quando volta à telinha. "Estou mais caseira hoje e devota aos meus livros", diz ela. Mas se na tevê não há perspectivas de rever a atriz, pelo menos nos próximos meses seus fãs poderão ouvi-la: Letícia Sabatella acaba de finalizar com Marcus Viana o CD Poemas Místicos do Oriente. A atriz - que já havia cantado em um disco de Elza Soares - declama versos orientais com a serenidade que lhe é característica. Logo no primeiro trecho, ao som de flauta, cítara e violino, ela diz: "debaixo de um arbusto, um pão e uma garrafa. De vinho e meus poemas, tudo o que preciso. E tu, que do meu lado cantas no deserto. E o deserto se torna, então, o paraíso." "A filosofia oriental é fantástica. Tem um toque feminino e te induz a ter mais contato com a natureza. Não é essa coisa mental e racional que se tornou a cultura ocidental", explica a atriz, que quando está cansada do barulho do Rio de Janeiro foge com o marido Angelo Antonio (o Beija-Flor de O Dono do Mundo) e Clara, a filha de 10 anos, para um sítio no interior fluminense. Letícia Sabatella é parecida com sua amiga Malu Mader. Odeia holofotes, fofocas e excesso de entrevistas. "A gente já faz uma coisa que dá grande exposição. Para que forçar ainda mais a barra?" Pisciana típica, ela é muito tímida, mas também decidida, pois abraça uma causa e não larga mais. Foi assim quando decidiu virar vegetariana e, há alguns anos, quando se uniu aos amigos Osmar Prado, Carla Marins, Chico Dias e Cristina Pereira para trabalhar na ONG Momento Humanos Direitos, que luta contra o trabalho escravo infantil. Depois de seu último trabalho na tevê, a Latifa em ´O Clone´, o público pode vê-la na pele de uma seqüestradora disfarçada de empregada doméstica em Durval Discos, filme de Anna Muylaert que ganhou sete prêmios Kikito no Festival de Gramado. Em breve - se nada atrapalhar os planos do ator e diretor Guilherme Fontes - ela estará de volta ao cinema como a primeira mulher de Assis Chateaubriand no filme Chatô, adaptação do livro de Fernando Morais. "Tenho vontade de mergulhar no cinema, até mais do que na tevê. Cinema é mais artesanal, menos industrial."

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