11 de agosto de 2016 | 02h00
Outra coisa que eu ignorava era é que no Brasil se joga rúgbi – feminino! O rúgbi, como se sabe, foi inventado por ingleses que achavam o futebol um jogo para meninas, ou procuravam um pretexto para se agarrarem sem provocar falatório. Parece que as nossas surpreendentes meninas não estão fazendo feio.
O esporte mais decepcionante de todos é a esgrima. É verdade que fomos mal acostumados pelo cinema, em que lutas de espada são sempre emocionantes, com os espadachins trocando estocadas e contraestocadas e muitas vezes destruindo o cenário à sua volta, até que um seja trespassado pelo florete do outro. Na esgrima como esporte não há nada parecido com a coreografia empolgante que nos acostumamos a ver no cinema. Os competidores se enfrentam, avançam e recuam, um esperando uma brecha na defesa do outro, e suas espadas raramente se cruzam. Às vezes, uma só estocada, que, em vez de trespassar o outro, dispara uma luzinha e um sinal de que ele foi atingido, decide tudo. Eu sei, eu sei, a esgrima tem sutilezas que o espectador nem sempre nota e deve ser apaixonante para quem o pratica. Mas a única emoção que me provoca é a de saudade do D’Artagnan.
China e Estados Unidos, pelo que se está vendo, devem dividir a maioria das medalhas de ouro. O que já se esperava. Eu confesso que tinha uma secreta esperança de que surgisse uma grande revelação e o maior nome desta Olimpíada. Um nadador de Burundi, por exemplo. Um levantador de peso de Brunei Darussalam. Alguém de Kiribati!
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