Justiça abre processo contra Record por contrabando

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Por Agencia Estado
Atualização:

A 4ª Vara da Justiça Federal de São Paulo abriu processo contra o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e acionista majoritário da Rede Record. Ele e outros seis diretores da emissora são acusados de importação fraudulenta de equipamentos para a TV e uso de documentos falsos. O processo tem origem em fiscalização feita pela Receita Federal em 1998 em um lote de aparelhos para radiodifusão: uma carga de 1,7 tonelada avaliada em R$ 4,4 milhões. Para a Receita, não havia comprovação de que o material tivesse sido comprado legalmente no Brasil ou no exterior. Durante a apuração administrativa do caso, a emissora, segundo o Ministério Público Federal (MPF), apresentou à Receita duas declarações de importação com mesmo número, mas valores e itens diferentes. Concluída a apuração, a Receita enviou o caso ao MPF, que denunciara Macedo e os demais acusados em 2000. O que houve em seguida foi uma disputa jurídica em que a defesa e acusação discutiram a legitimidade de o MPF apresentar a denúncia contra os acusados em que um inquérito policial apurasse antes o crime. O caso chegou até o Supremo Tribunal Federal (STF), que deu ganho de causa à defesa. Assim, o MPF teve de apresentar nova denúncia, o que foi feito pela procuradora Priscila Costa Schreiner em 20 de janeiro. Os interrogatórios foram marcados para 11 de setembro. Além de Macedo, devem ser interrogados o então vice-presidente da emissora, o bispo Honorilton Gonçalves, o diretor-presidente João Batista Ramos da Silva, o diretor-superintendente Demerval Gonçalves e os então diretores da emissora Carlos orlando Gomes Clemente, Rodolpho Mario Carvalho Lopes e Paulo Roberto Vieira Guimarães. Procurada pela Agência Estado nesta terça-feira, a Record não quis se manifestar sobre o assunto.

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