Júri popular condena tese de Maria Madalena esposa

Segundo veredicto, Madalena era uma prostituta, e não a mulher de Jesus, como supõe o best-seller de Dan Brown, Código Da Vinci

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Por Agencia Estado
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Maria Madalena era mesmo uma prostituta redimida por Jesus, e não sua mulher, como supõe o best-seller de Dan Brown, Código Da Vinci. Foi esse o veredicto do júri popular de Certaldo, que tomou parte ontem em um "processo" ocorrido no Palácio Pretório. No banco dos réus a Santa Ceia de Leonardo, pintura sobre a qual o escritor norte-americano teria baseado a tese de fundo de seu romance. O discurso defensivo de uma Madalena esposa foi sustentado pela cientista Margherita Hack, pela escritora Sandra Landi, pela especialista em história da arte Litta Medri, pela cineasta Claudia Schiazza e pela presidente do Movimento pelos Direitos Civis das Prostitutas, Carla Corso. A acusação, por sua vez, foi elaborada pelo professor Alessandro Vezzosi, diretor do Museu Ideal de Vinci, juntamente com a economista Rossella Lazzaretti, que levantaram 50 diferentes provas a favor da tese de uma Madalena meretriz, pelo menos em relação ao que reivindica a pintura feita por Leonardo. O júri, como se fazia antigamente, apresentou sua decisão com 64 favos negros de condenação da tese Madalena-esposa e 61 favos brancos a favor. O "processo" foi organizado no âmbito da sexta edição do laboratório de escrita criativa Griseldascrittura.

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