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Jurados britânicos refazem últimos passos de Diana e Dodi

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Por Redação
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O júri que está participando do inquérito judicial sobre a morte da princesa Diana refez nesta terça-feira seus últimos passos nos corredores do hotel Ritz e depois circulou de carro por Paris, para conhecer melhor o trânsito da cidade. Os jurados britânicos, acompanhados do juiz Scott Baker e de uma multidão de advogados, chegaram à França na segunda-feira para uma missão de dois dias de reconhecimento do local da morte da princesa, em um acidente de carro ao lado do namorado Dodi al-Fayed e o motorista. Baker mostrou os locais no hotel onde os dois jantaram na noite em que morreram, em agosto de 1997, e conduziu os jurados à porta dos fundos usada pelo casal para chegar à Mercedes, na vã tentativa de escapar dos fotógrafos. Diana e al-Fayed morreram pouco depois da meia-noite, quando o motorista Henri Paul perdeu o controle do carro. Os jurados foram levados de ônibus por três trajetos diferentes que o motorista poderia ter feito para ir do hotel até o apartamento de Al-Fayed, incluindo a rota fatídica, pelo túnel da ponte da Alma. Os jurados ficaram sabendo que o caminho pela Champs Elysées é mais direto, mas que Paul preferiu um outro trajeto para fugir do trânsito da avenida turística. Havia um terceiro caminho, ainda mais direto que o pelo túnel, mas há indicações de que a passagem pudesse estar fechada quando Paul passou por ela. Para se familiarizar com os trajetos, que serão essenciais para as provas do caso, os jurados passaram sete vezes pelo túnel na segunda-feira, de ônibus e a pé, e uma vez na terça-feira. Depois da terceira viagem até o apartamento de Al-Fayed, os jurados voltaram para a Grã-Bretanha. O inquérito será retomado na sexta-feira, quando as primeiras testemunhas francesas devem depor por videoconferência. O pai de Dodi, Mohamed al-Fayed, diz que o casal foi morto pelos serviços de segurança britânicos sob as ordens do marido da rainha Elizabeth, o ex-sogro de Diana. Investigações feitas pelas polícias francesa e britânica concluíram que as mortes foram decorrência de um acidente, causado pela alta velocidade e pelo fato de o motorista estar embriagado. O inquérito judicial é realizado na Grã-Bretanha sempre que alguém morre de causas não-naturais. O de Diana teve de esperar o encerramento dos inquéritos policiais francês e britânico.

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