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Julia Roberts volta aos cinemas em 'Espelho, Espelho Meu'

Por AE
Atualização:

Esqueça os versos fofos de "eu vou, eu vou, para casa agora eu vou", da musiquinha que os sete anões cantavam no clássico de Walt Disney, "Branca de Neve e os Sete Anões" (1937). Aliás, esqueça também a fofura e ingenuidade da própria Branca de Neve. A magia e o humor de outrora, no entanto, continuam presentes em "Espelho, Espelho Meu", que estreia nesta sexta, produzido pelo estúdio independente Relativity Media. Feito sob medida para agradar a adultos e crianças do século 21, o longa atualiza o clássico conto dos irmãos Grimm, transformando Branca de Neve (interpretada por Lily Collins) numa mulher forte e guerreira e a Rainha Má (Julia Roberts) numa interesseira fútil.Uma outra adaptação do conto também será lançada neste ano. Esta, porém, bem mais sombria. Trata-se de "A Branca de Neve e o Caçador", com Kristen Stewart e Charlize Theron no elenco.Extravagante, super colorido e com uma bela fotografia, "Espelho, Espelho Meu" suprime da história o caçador. Na floresta, Branca de Neve tem de se proteger de um monstro. Os sete anões também ganharam novos nomes: Grim, Açougueiro, Lobo, Napoleão, Tampinha, Rango e Riso. Embora cada um deles carregue uma personalidade distinta, não têm semelhanças com os originais de Disney. No filme, eles tampouco são mineiros, mas ladrões, que usam pernas de pau retráteis.Branca de Neve, interpretada por Lily Collins, filha do músico Phil Collins, se mostra uma mulher madura e corajosa. Ao encontrar os anões, ao invés de ficar fazendo comidinhas para eles, ela aprende a lutar com espada e lidera uma rebelião contra a madrasta. Numa cena hilária, o príncipe encantado Alcott (Armie Hammer, que interpretou os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, em "A Rede Social", de 2010) é enfeitiçado pela madrasta. Para o feitiço ser desfeito, Branca de Neve tem de beijá-lo, invertendo a história na qual é o príncipe quem beija a mocinha. Na história também há a clássica maçã envenenada. Mas a reação de Branca de Neve será completamente diferente da do conto dos irmãos Grimm.A interpretação de Julia Roberts, por sua vez, apesar de bastante burocrática, agrada. A atriz não parece se esforçar para transformar-se na rainha má, mas um papel de vilã lhe caiu bem. É impossível, no entanto, sentir raiva dela. Pelo contrário, em alguns momentos é inevitável torcer por suas pequenas maldades, como quando ela transforma seu mordomo em uma barata asquerosa. O espelho mágico, claro, também está lá, porém bem mais moderno e cheio de efeitos especiais.A direção de Tarsem Singh (de "A Cela", de 2000, e "Imortais", de 2011) segue o estilo que o caracterizou. Os cenários são absolutamente exagerados, repletos de efeitos especiais, como se os personagens vivessem num mundo fantástico de conto de fadas (o que de fato é verdade). Vale destacar o figurino, assinado por Eiko Ishioka, que já ganhou o Oscar de melhor figurino pelo filme "Drácula" de Bram Stoker (1992), dirigido por Francis Ford Coppola. As informações são do Jornal da Tarde.

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