A ausência das testemunhas de acusação fez a Justiça adiar para 17 de fevereiro a audiência de instrução e julgamento do diretor de teatro Gerald Thomas, denunciado pelo Ministério Público Estadual por ato obsceno. Irritado com vaias, Thomas abaixou as calças para a platéia na estréia da ópera Tristão e Isolda, em 17 de agosto, no Teatro Municipal do Rio. "Encenei muito Kafka e agora estou no meio dele", disse ontem o diretor, que viajou de Londres, onde mora, para a audiência no 2.º Juizado Especial Criminal. Ele vestia uma camiseta na qual estava escrito Corredor da Morte, em inglês. O juiz Antonio Amado pretende obter um acordo pelo qual Thomas se comprometa a pagar 5 salários mínimos a uma instituição de caridade. A pena por ato obsceno vai de 3 meses a 1 ano de detenção ou multa.