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José Saramago cria fundação para preservar sua obra

Prêmio Nobel diz que entidade também fará a defesa do meio ambiente

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Por Redação
Atualização:

O Premio Nobel de Literatura 1998, José Saramago, decide criar uma fundação que leve seu nome para preservar sua obra, entre outras atividades, confirmou nesta quarta, 4, à Efe, Zeferino Coelho, editor do escritor português. Coelho disse que aceitou o convite para tomar parte do conselho de curadores da Fundação e que Saramago havia decidido que a Declaração de Princípios fosse publicada no semanário Jornal de Letras, que circula hoje, em Portugal. Este documento especifica que a Fundação foi criada no dia 29 de junho e Saramago diz que é seu desejo pessoal que a instituição faça a defesa dos direitos humanos e a preservação do meio ambiente. O Prêmio Nobel português determinou que a Fundação assuma como norma de conduta "tanto na letra como no espírito" a Declaração Universal dos Direitos Humanos, firmada em 1948. A Declaração de Princípios da entidade se refere também aos problemas do meio ambiente e ao aquecimento global do planeta. "Sei muito bem que por si só a Fundação José Saramago não poderá resolver nenhum desses problemas, mas deverá trabalhar como se houvesse nascido para isso", escreveu o autor de Memorial do Convento. A sede da Fundação será dividida entre Lisboa e Lanzarote (arquipélago das Ilhas Canárias), onde reside o escritor, e terá uma delegação em Azinhaga do Ribatejo, aldeia natal em Portugal do autor de Ensaio sobre a Cegueira e outra em Castril (Granada). Em Lanzarote ficará a biblioteca José Saramago com mais de 22 mil obras e sua correspondência, em processo de ser catalogada por dois especialistas espanhóis. Pilar del Río, esposa de Saramago, presidirá o conselho de administração, que terá José Sucena, como administrador e delegado executivo e Fernando Gómez Aguilera, presidente da Fundación César Manrique, com sede em Lanzarote. Em declarações publicada hoje no Jornal de Letras, Del Río disse que a entidade não será neutra e tomará partido "por grandes e pequenas causas", porque "somos humanos e tudo o que é humano nos interessa, por isso tratará de assuntos políticos, econômicos, sociais, culturais e do ambiente".

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