
23 de agosto de 2011 | 11h16
No MAM carioca estão (até 18 de setembro) cinco obras cujas dimensões, segundo Resende, não estabelecem uma relação "acanhada" com a arquitetura do museu carioca. São trabalhos que almejam uma escala pública, acentua o escultor, como o que será instalado na Avenida Beira Mar, no Rio.
Na galeria paulistana, Resende, um dos grandes da escultura ao lado de Waltercio Caldas, mostra trabalhos relacionados ao corpo, em que o bastidor "morde" a seda para esboçar um desenho, bexigas cheias d?água se espremem no gesso para criar novas formas e o mercúrio que espelha é também espelhado, num estimulante diálogo com a pintura.
Trens - Resende vai lidar com outro desafio, desta vez, em escala monumental. A partir de 1º de outubro, o artista participa do projeto Canteiro de Operações, na Mooca, no qual realizará, por um mês, intervenção escultórica a céu aberto com 40 trens abandonados da linha onde funcionava a antiga Estação da Mooca, na capital paulista. Obra em caráter de laboratório, concebida com o filósofo e curador Nelson Brissac Peixoto e com a engenheira Heloisa Maringoni, a ação tem como objetivo promover reflexão sobre uma problemática urbana: o que fazer com a sucata ferroviária da cidade, com seus resíduos? O processo vai ser acompanhado por professores e alunos de arquitetura e engenharia e terá visitação aberta ao público.
A obra ocorreria entre agosto e setembro, mas foi adiada por conta da entrada de novos parceiros. A empresa Gerdau, conta Brissac, oferecerá máquinas para o corte dos vagões para a ação escultórica - e depois se comprometeu a remover os trens usados, para reciclagem do aço. Já a Imprensa Oficial cedeu impressora para a realização de um jornal semanal, conta Brissac. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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