Jornalista cria ficção brasileira em "As Sereias do Espaço"

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Por Agencia Estado
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O ano de 2020 será decisivo para a evolução da astronáutica - justamente nesta época, pesquisadores da Nasa, a Agência Espacial dos Estados Unidos, pretendem enviar a primeira missão tripulada ao planeta Marte. Depois da conquista da Lua, em 1969, a oportunidade de deixar pegadas em solo marciano será o salto mais ousado do homem na conquista do espaço. "O futuro previsto pela ficção científica está chegando mas ainda não é como esperávamos", comenta o escritor e jornalista Jorge Luiz Calife, de 50 anos, que, com a experiência acumulada na imprensa científica, tornou-se também um criador de histórias fantásticas, como "As Sereias do Espaço", seleção de contos recentemente lançada pela editora Record. "Chegamos ao esperado ano 2001, mas ainda não temos carros voadores nem cidades no espaço", observa ele, lembrando que, se o mundo hoje ainda não é o idealizado pelos escritores do início do século passado, ao menos está livre das previsões pessimistas: não corremos o risco, por exemplo, de sofrer um ataque de seres alienígenas. Mas Calife adverte que a função da ficção científica não é prever o futuro, mas promover um exercício da imaginação e o estímulo intelectual. É o que fez em "As Sereias do Espaço", 14 contos escritos entre 1982 e este ano, que apresentam feitos mirabolantes, como grupos que fazem excursões turísticas pelos planetas. Ou mesmo a facilidade de se viajar no tempo: ele imaginou a possibilidade de um cidadão nascido no século 23, se estiver entediado, dar um pulo no século 31 para ver como estão as coisas por lá. Mas, se apresenta características tipicamente brasileiras (como personagens com sobrenome Silva), a ficção de Calife é universal, especialmente por ser construída sob uma sólida pesquisa científica. Serviço - As Sereias do Espaço, de Jorge Luiz Calife. Coleção Ficção, Fantasia, Aventura. 336 páginas. Editora Record. R$ 32

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