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Joinville vira meca da dança

Começa nesta quarta a 18ª edição do Festival de Dança da cidade, que terá na abertura homenagem ao coreógrafo Jíri Kylián

Por Agencia Estado
Atualização:

Jíri Kylián, um dos maiores coreógrafos vivos da atualidade será homenageado na abertura do 18.º Festival de Dança de Joinville que começa nessa quarta e prossegue até o dia 29, no Centreventos Cau Hansen, uma arena com capacidade para 6 mil pessoas. Um número que dá a dimensão do evento que movimenta a cidade há 18 anos, atraindo crianças e jovens bailarinos de todo o País, por 11 dias. O coreógrafo checo fez do Nederlands Dans Theater, uma das maiores companhias do mundo nos 25 anos em que a dirigiu. Hoje, é seu consultor. Kylián está no Brasil a convite do Gulbenkian Ballet, que faz turnê no País por conta das comemorações dos 500 anos do descobrimento. Esta que é uma das companhias de dança mais importantes de Portugal é dirigida pela brasileira Iracity Cardoso e apresentará duas coreografias de Kylián na abertura do festival. Uma delas é Seis Danças, composta sobre a música de Mozart, que será vista exclusivamente em Joinville. A outra, Stamping Ground, é uma de suas coreografias que já se tornou um clássico, baseada nas danças dos aborígenes australianos, com quem ele conviveu na décade de 80. Mas, outro grande acontecimento da noite será a apresentação em estréia nacional da coreografia que Rodrigo Pederneiras do Grupo Corpo fez especialmente para o Gulbenkian, cuja estréia mundial foi em Lisboa, no mês passado. Terra Nostra tem trilha sonora misturando a música brasileira de Naná Vasconcelos e Sivuca com a portuguesa de Gloria Gadelho, por exemplo. Outras companhias importantes estão programadas para o festival, como o internacionalmente famoso Balé Folclórico da Bahia, que vai apresentar sua coreografia consagrada, Bahia de Todas as Cores e o Balé do Teatro Guaíra, um dos veteranos do festival. E mais, a Companhia Débora Colker e a Escola de Danças Contemporâneas de Moscou, dirigida por Nikolai Ogrizkov, que estudou na Escola do Teatro Bolshoi de Moscou, e cuja marca é o contraste entre a tradição do balé russo e as técnicas modernas do jazz. Cursos - Para este ano a programação do festival conta com uma novidade: cursos que buscam estimular o desenvolvimento de técnicas de dança. Serão ministrados 61 cursos, por 41 professores, em dois períodos diferentes e com quatro opções de horário, possibilitando que, no decorrer do festival, um bailarino possa participar de até oito cursos diferentes. Nomes como Ismael Guiser, com o curso de clássico avançado, Ivonice Satie, diretora do Balé da Cidade de São Paulo ministrará a técnica clássica fundida com a técnica moderna; Gícia Amorim, falará sobre Merce Cunnigham, Tica Lemos apresenta o contato e a improvisação, Roseli Rodrigues apresenta o jazz, estão entre os nomes que estarão à disposição para ensinar e aprimorar vários estilos de dança. E além das atrações nacionais e internacionais, o público assistirá competições de balé clássico, dança de salão, dança de rua, danças folclóricas, dança contemporânea, jazz e sapeateado. Este ano o Festival reunirá 4 mil bailarinos, que integram 136 grupos competitivos de 14 Estados e do Distrito Federal. Os organizadores receberam 900 coreografias, das quais apenas 16% foram aprovadas. Serão distribuídos R$ 22 mil em prêmios e o orçamento desta edição está estimado em R$ 1,5 milhão.

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