JK, o presidente do clube da esquina

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Por Jotabê Medeiros
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E o presidente bossa nova também era o presidente do Clube da Esquina. Em 1971, em sua cidade natal, Diamantina, Juscelino Kubitschek sentou na praça para ouvir um violãozinho de um cantor de voz macia a quem chamavam de Bituca. Esse raro registro do (legítimo) envolvimento artístico de um presidente com uma escola musical da MPB está registrada no livro Os Sonhos não Envelhecem - Histórias do Clube da Esquina, livro de luxo que será lançado hoje, às 19h, na Livraria Mineiriana (Rua Paraiba, 1.419, Savassi, 31, 3223 -8092), em Belo Horizonte, pela Geração Editorial (R$ 29,90). Bituca, todos sabem, é Milton Nascimento. O livro vem acompanhado de um CD com músicas do Clube da Esquina. O autor Marcio Borges estará autografando. Algumas cópias das fotos, em papel especial de fibra de algodão, que fazem parte do livro, feitas pelo fotógrafo Juvenal Pereira, estarão à venda pela marchand Flávia Bizzoto. Pereira relembra a história da foto de JK com o Clube da Esquina na rua. Ele conta que, no início dos anos 70, era free-lancer da revista O Cruzeiro e tinha ido a Diamantina a trabalho. Tinha ido de ônibus com Milton Nascimento e Lô Borges a partir da Rodoviária de Belo Horizonte. Viajaram em pé e à noite para encontrar os repórteres Fernando Brant (texto) e Luiz Alfredo (fotos), da revista O Cruzeiro. "Na procura de locações, encontramos o ex-presidente Juscelino Kubitschek com a equipe de reportagem da revista Manchete, que era concorrente de O Cruzeiro. A equipe da revista concorrente concordou em nos "emprestar" JK para algumas fotos."

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